Objetivos: Descrever as internações hospitalares por Leptospirose icterohemorrágica na Bahia, através da lista de morbidade do CID-10, no período de 2015 a 2019, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS) do Ministério da Saúde, tabulados em gráficos e tabelas no programa Microsoft Excel 2016. Resultados: Foram registradas 32 internações por Leptospirose icterohemorrágica na Bahia, com aumento de aproximadamente 115% no período de 2015 a 2019 e valor médio por internamento de R$ 2.588,83. O tempo médio de permanência foi de 10 dias, com aumento de 113% no período analisado, com taxa de mortalidade de 15,63/por 100 internações e predominante no sexo masculino (80%) e na faixa etária de 40 a 49 anos (40%). O número de internações foi maior nos homens (87,5%) e na raça parda (31,25%), sendo a faixa etária predominante entre 15-19 anos (37,5%), seguida da faixa dos 20-29 anos (15,6%). Discussão: A leptospirose icterohemorrágica, também conhecida como “síndrome de Weil”, é a forma mais severa da leptospirose, doença infecciosa causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira. A forma icterohemorrágica ocorre quando há uma associação com disfunção hepática, demonstrada pela presença de icterícia, disfunção renal, presença de fenômenos hemorrágicos, alterações cardíacas, hemodinâmicas, pulmonares e da consciência. Apresentando valores razoáveis de letalidade, percebe-se uma correlação racial intimamente relacionada com os determinantes sociais em saúde, levando a uma maior exposição aos ambientes de maior probabilidade de contanto, sobretudo nos homens em idade economicamente ativa. Percebe-se também um aumento súbito no número de casos de 2018 para 2019, bem como o tempo de permanência, ressaltando a relevância social e econômica da Leptospirose icterohemorrágica na Bahia. Conclusão: Assim, as medidas preventivas como a divulgação e orientação do público sobre as formas de infecção mostram-se relevantes. Somente assim, evita-se o risco de contaminação, bem como os gastos de internação e ocupação de leitos.