Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S173-S174 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S173-S174 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
POLICITEMIA VERA E ERITROCITOSES SECUNDÁRIAS: INTEGRAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES E P50 PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Visitas
326
JVGB Andrade, SE Jorge
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivos

Este estudo visa realizar uma revisão sistemática sobre as abordagens diagnósticas para eritrocitose e policitemia vera (PV), destacando a importância de marcadores moleculares e parâmetros hematológicos, tais como valores de p50 (pressão parcial de O2 necessária para saturar 50% das hemoglobinas), na identificação e manejo dessas condições a fim de fornecer uma visão das estratégias atuais e emergentes para melhorar o diagnóstico diferencial, o tratamento e prognóstico dos pacientes.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, incluindo artigos publicados sobre eritrocitose e PV. Os dados foram coletados a partir da base de dados PubMed, abrangendo publicações de 2009 até 2023. Os termos de busca utilizados foram: erythrocytosis, p50, diagnosis. Além disso, a classificação do banco de dados na categoria “review” e “Systematic Review” também foi um critério de inclusão, totalizando 9 artigos encontrados, com apenas um deles sendo excluído da pesquisa devido à data de publicação (1999), totalizando 8 artigos estudados no projeto. Os critérios de comparação entre os estudos foram baseados na avaliação de p50, mutações genéticas, critérios diagnósticos e abordagens terapêuticas.

Resultados

A mutação JAK2V617F foi identificada como um critério diagnóstico crucial para PV em todos os artigos. A dosagem de eritropoetina (EPO) também se mostra como um parâmetro fundamental de diferenciação diagnóstica, particularmente na diferenciação das eritrocitoses primárias e secundárias. Os resultados também destacam a importância do valor de p50 como um marcador para identificar hemoglobinas de alta afinidade, auxiliando no diagnóstico diferencial de eritrocitose secundária hereditária. Além disso, pacientes com eritrocitose secundária e idiopática apresentaram variações significativas nos tratamentos aplicados, refletindo a diversidade etiológica da condição e necessidade de criação de algoritmos e diretrizes diagnósticas para eritrocitose. Foi notada também a necessidade de aplicação de metodologias de sequenciamento de nova geração para investigação de eritrocitose devido a variabilidade fenotípica de pacientes que permanecem sem etiologia.

Discussão

A inclusão de biomarcadores moleculares como a mutação JAK2V617F no diagnóstico de PV permite uma diferenciação mais precisa de outras formas de eritrocitose. A dosagem de eritropoetina, embora recomendada para a diferenciação diagnóstica das eritrocitoses primárias e secundárias não demonstrou esclarecer etiologia nos estudos analisados. A avaliação da p50 tem papel essencial na identificação de variantes de hemoglobina com alta afinidade ao oxigênio. A revisão também destacou a necessidade de uma abordagem diagnóstica sistemática e meticulosa para a correta classificação e tratamento dos pacientes (PV, eritrocitose absoluta primária, secundária, congênita, adquirida, idiopática e eritrocitose relativa).

Conclusão

A abordagem atual para o diagnóstico e manejo de eritrocitose e PV deve combinar critérios clínicos e laboratoriais com avanços na genética molecular, bem como outros métodos analíticos laboratoriais, que envolvem a determinação da p50 e dosagem de eritropoetina.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas