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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S344 (outubro 2024)
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PERFIS IMUNOFENOTÍPICOS NA LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA DE LINHAGEM B: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA UTILIZANDO CITOMETRIA DE FLUXO MULTIPARAMÉTRICA
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LO Marania,b, MG Rosaa, RL Paccaa, JTB Fariac, PS Scheuchera, JL Schiavinatoa, TE Gonçalvesa, LL Figueiredo-Pontesa,b
a Divisão de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
c Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação descontrolada de células progenitoras linfoides B ou T, comprometendo o processo de hematopoese. Representando mais de 80% das leucemias agudas, a LLA de linhagem B é responsável por aproximadamente 85% dos casos, sendo mais comum em crianças. A imunofenotipagem por citometria de fluxo multiparamétrica (CFMP) desempenha um papel crucial na identificação e caracterização das leucemias, permitindo a detecção precisa de marcadores de diferenciação celular. Compreender os perfis de imunofenotipagem em LLA-B pode orientar o desenvolvimento de novas terapias direcionadas. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil de pacientes com LLA-B utilizando a CFMP. A análise de coorte retrospectiva foi realizada por meio da revisão dos prontuários eletrônicos dos pacientes, onde foram coletados dados demográficos e resultados da CFMP no momento do diagnóstico. Este estudo retrospectivo analisou os perfis de imunofenotipagem em 116 pacientes com LLA-B, coletando dados demográficos e de CFMP ao diagnóstico ao longo de cinco anos (jan/2018 a jan/2023). A análise da expressão de CD45 revelou intensidades dim, dim/negativo e negativo em 57, 52 e 6 pacientes, respectivamente. Entre os subtipos de LLA-B, a positividade para CD34 foi associada ao subtipo Comum. Todos os pacientes apresentaram positividade para CD19, e outros marcadores comumente expressos, como CD79a (97,4%), CD22 (81,8%) e CD10 (83,6%), foram positivos na maioria dos casos, ressaltando a importância da identificação alternativa das células B leucêmicas para terapias alvo-específicas. A análise dos subtipos revelou uma prevalência do tipo Comum (75,7%), seguido pelo subtipo Pró-B (14,8%) e Pré-B (9,6%). Observou-se uma predominância do sexo masculino nos subtipos Pró-B e Comum. No subtipo Pré-B, 54,5% dos pacientes eram do sexo feminino, enquanto 45,5% eram do sexo masculino. No subtipo Pró-B, 64,7% dos pacientes eram adultos e 35,3% eram pediátricos. Para o subtipo Comum, 37,9% eram adultos e 62,1% eram crianças. No subtipo Pré-B, associado a uma maior maturação das células leucêmicas, houve uma incidência de 45,5% de adultos e 54,5% de crianças. A variabilidade na expressão de CD45 e a associação de CD34 com o subtipo Comum sublinham a necessidade de uma identificação precisa para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas personalizadas. A capacidade da CFMP em detectar e caracterizar de maneira detalhada os marcadores de diferenciação celular oferece uma base sólida para a criação de terapias direcionadas. A interpretação dos resultados reforça a importância clínica da investigação dos marcadores por CFMP, fornecendo informações valiosas para o avanço das estratégias terapêuticas e sugerindo novas direções para pesquisas futuras. A continuidade da pesquisa na área é essencial para aprimorar o tratamento e melhorar os desfechos clínicos para os pacientes com LLA-B.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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