Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1092 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1092 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRANSPLANTES DE MEDULA ÓSSEA NA REGIÃO CENTRO-OESTE, DE 2013 A 2022
Visitas
351
PPCO Silvaa, APM Paivaa, FBJ Croitora, GNR Silvaa, YAS Ivanoskia, MF Diasa, AB Mingatia, DFB Rêgoa, MPP Oliveiraa, GC Vieirab
a Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil
b Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

Analisar e descrever a distribuição epidemiológica dos Transplantes de Medula Óssea (TMO) na Região Centro-Oeste (CO), de 2013 a 2022, com a proposta de identificar padrões e desigualdades dentro da região e em comparação às demais para entender melhor possíveis dificuldades locais e estabelecer estratégias de melhorias e facilitadores para a sua realização.

Materiais e métodos

Foi efetuado um estudo transversal, retrospectivo, analisando os dados quantitativos, referentes aos TMO realizados na região Centro-Oeste, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Utilizou-se a base de dados do Sistema Nacional de Transplantes para acesso das informações detalhadas dos transplantes realizados e suas quantidades.

Resultados

Os transplantes, na região CO, variaram de 55 em 2013 a 200 em 2022, com um total de 1285, sendo a quarta em número de transplantes em comparação às outras regiões, representando apenas 4,78%. A unidade da federação com o maior número de transplantes da região foi o Distrito Federal (68,2%), seguido de Goiás (31,8%). Os estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não fizeram nenhum tipo de transplante. Foram realizados TMO autólogos, alogênicos aparentados e alogênicos não aparentados, respectivamente: Distrito Federal - 693, 143, 41 e Goiás - 316, 92, 0.

Discussão

Dentre os três estados e o Distrito Federal, 50% não possuem Centro de Tratamento para TMO, sendo eles o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Isso obriga os pacientes a se deslocarem para outros estados, a fim de realizarem os tratamentos. Em relação às possíveis causas, pode-se mencionar a diferença de médicos hematologistas entre os estados, sendo que o Distrito Federal - o qual realizou mais Transplantes de Células Troncos Hematopoiéticas (TCTH) no Brasil por milhão de população em 2022- possui um número de profissionais maior em comparação ao Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nota-se também que o Distrito Federal possui dez centros especializados no TCTH, fator facilitador para o atendimento. Outro fator reside em determinantes geográficos, sendo que a capital do país está no Distrito Federal, contribuindo para o destino de recursos materiais e humanos, dificultando a criação de novos Centros de Tratamento em outros estados.

Conclusão

O TMO é uma ferramenta terapêutica de fundamental importância para várias patologias, por vezes a única chance de cura para os pacientes que necessitam. Apesar disso, após a análise comparativa, foi possível observar não só uma significativa inferioridade entre CO e as outras regiões do país, quanto uma grande disparidade entre as confederações da própria região. Para que a redução da iniquidade regional seja alcançada, há urgência do direcionamento de investimentos e profissionais aptos a realizar o TMO para os estados do CO que ainda não o realizam.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas