Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1092-S1093 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1092-S1093 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ANEMIA FERROPRIVA NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA DO CENTRO-OESTE
Visitas
371
AB Mingati, LM Matos, YAS Ivanoski, MZ Rodrigues, APM Paiva, NV Gimenes, JPO Gomes, WO Santos, JGDV Holanda, DFB Rêgo
Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivos

Investigar os aspectos epidemiológicos da Anemia Ferropriva na população pediátrica, com o objetivo de identificar os fatores de risco e padrões de incidência que possam ser alvos de futuras estratégias de prevenção e cuidado.

Material e métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com uma análise quantitativa dos casos de anemia ferropriva na população pediátrica na região Centro-Oeste (CO) no intervalo de 2013 a 2023. Os dados foram obtidos na plataforma DataSUS, e as variáveis estudadas foram: idade, internações, cor/raça, sexo e regiões do CO.

Resultados

O perfil observado da anemia ferropriva na população pediátrica do Centro-Oeste no período de 2013 a 2023 apresenta predominância de crianças menores de 1 ano e de 1 a 4 anos, representando, na faixa etária até 19 anos, respectivamente, 26,2% e 28,1%. Em relação à cor, nota-se predomínio da população parda, 41,6% do total. O sexo femino é o mais acometido, com notificação de 713 mulheres e 497 homens. Dentre os estados da região Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal possuem o maior número de casos, com praticamente a mesma quantidade, 318 e 319 respectivamente, sendo que o Mato Grosso apresentou o menor número de internações, 266.

Discussão

A partir dos resultados obtidos, tem-se que há uma maior prevalência de anemia ferropriva em crianças menores de 1 ano e de 1 a 4 anos refletindo, a vulnerabilidade dessas faixas etárias devido às suas elevadas necessidades de ferro durante os primeiros anos de vida, uma vez que a reserva de ferro armazenada no fígado começa a diminuir após os 6 meses de vida, além de aumento na demanda devido ao crescimento acelerado nesse período. A predominância da população parda (41,6%) entre os casos de anemia ferropriva indica disparidades socioeconômicas e de acesso à saúde. A maior prevalência de anemia ferropriva em meninas (713 casos em comparação a 497 em meninos) está relacionada a fatores fisiológicos sexuais como a menacme, que resulta em maior demanda de ferro, além da influência hormonal, uma vez que níveis mais altos de estrogênio estão associados a uma queda na absorção de ferro, destacando a importância de intervenções específicas para essa população, especialmente na adolescência.

Conclusão

Diante dos dados e resultados obtidos, destaca-se a necessidade de estratégias sensíveis às disparidades socioeconômicas e étnicas da região CO e do país como um todo para prevenção e cuidado. A alta incidência na região ressalta a importância do monitoramento e intervenção precoce, considerando que a faixa etária mais acometida por complicações que resultam em internações abrange justamente entre 0 e 4 anos. Desafios incluem melhor adesão aos cuidados desde o pré-natal, com as suplementações indicadas, até o acesso facilitado a esquemas nutricionais adequados e tratamentos especializados. Políticas públicas e fortalecimento da atenção primária são cruciais para reduzir a incidência e os impactos da anemia ferropênica na região.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas