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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3135
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA NO BRASIL NA DÉCADA DE 2014 A 2024
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78
MZ Viannaa, RN Ruschela, LF Proençaa, MY De Castroa, E Capovillaa, MS Gonçalvesa, AFB De Oliveiraa, BS Cimirroa, JWO Romanovb
a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Porto Alegre, RS, Brasil
b Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento de transferência de células-tronco hematopoéticas, essencial no tratamento para leucemias, linfomas, mieloma múltiplo e outras doenças hematológicas e oncológicas, com o objetivo de restaurar a hematopoiese e o sistema imunológico dos pacientes. Pode ser realizado por meio de transplantes autólogos e alogênicos aparentados ou não aparentados. A complexidade do procedimento, os custos e os desfechos clínicos podem variar conforme o tipo de transplante e a infraestrutura disponível.

Objetivos

Analisar o número de internações, custos, média de permanência hospitalar e taxas de mortalidade relacionados ao TMO no SUS, por tipo de transplante e região durante o período de 2014 a 2024.

Material e métodos

Este é um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo com base em dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), entre 2014 e 2024. Foram avaliadas variáveis como número de internações, valor total, média de permanência hospitalar e taxa de mortalidade referentes ao TMO autólogo, alogênico aparentado e alogênico não aparentado.

Discussão e conclusão

Com base nos dados analisados entre 2014 e 2024, foram registradas 7.803 internações por TMO no Brasil. Dentre elas, cerca de 52% corresponderam a transplantes alogênicos aparentados, 19,5% a alogênicos não aparentados e 28,5% a autogênicos. A região Sudeste concentrou o maior número de internações em todas as categorias (n = 5.191), seguida pelas regiões Sul (n = 1.784), Nordeste (n = 645) e Centro-Oeste (n = 183). Nenhum registro de internações por TMO na região Norte foi observado nesse período, o que pode sugerir possíveis desigualdades no acesso ao tratamento. A distribuição anual das internações para os três tipos de transplante manteve uma tendência linear, sem variações significativas ao longo dos anos. A média de permanência hospitalar para o transplante alogênico aparentado foi de 29,9 dias, 32,3 dias para alogênicos não aparentados e 18,5 dias para autogênicos. O custo total nesse período atingiu R$ 567,92 milhões, sendo R$ 53,53 milhões destinados para os autogênicos, R$ 343,77 milhões para alogênicos aparentados e R$170,62 milhões para alogênicos não aparentados. Em relação à mortalidade hospitalar, o transplante alogênico não aparentado apresentou a maior taxa, de 8,14%, seguido pelo alogênico aparentado, com 6,91%, e o autogênico, com 3,06%. Fica evidente que os transplantes alogênicos não aparentados apresentaram maior tempo de internação, custo e taxa de mortalidade, refletindo a complexidade associada a esses procedimentos. Portanto, os resultados destacam as diferenças entre o tempo de internação, custos, taxas de mortalidade e número de internações em cada região para cada tipo de transplante. Assim, é necessário criar estratégias que promovam maior equidade regional e melhorias nos cuidados para reduzir a mortalidade, especialmente nos transplantes considerados de maior risco.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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