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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S294-S295 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S294-S295 (outubro 2024)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES BRASILEIROS QUE EVOLUÍRAM PARA ÓBITO POR LINFOMA NÃO HODGKIN: ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 10 ANOS.
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JS Cardosoa, CK Carneirob, KL Barbosac, ABG Cruzd, SD Moraise, TCC Assisf, MF Limag, LHMSG Graciollih
a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
b Universidade do Contestado (UnC), Mafra, SC, Brasil
c Universidade Professor Edson Antônio Velano (UNIFENAS), Belo Horizonte, MG, Brasil
d Universidade Estadual de Roraima (UERR), Boa Vista, RR, Brasil
e Universidade Santo Amaro (UNISA), São Paulo, SP, Brasil
f Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
g Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Belo Horizonte, MG, Brasil
h Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de pacientes brasileiros por linfoma não-Hodgkin (LNH).

Método

Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, descritivo e quantitativo, sobre o perfil dos pacientes brasileiros que evoluíram para óbito por Linfoma não Hodgkin nos últimos 10 anos. A coleta de dados foi obtida a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), por meio da plataforma DATASUS, no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, de janeiro de 2014 a janeiro de 2024, incluindo as variáveis região, idade, cor/raça e ano de processamento.

Resultados

De acordo com os dados encontrados no período de 2014 a 2024, 14.023 brasileiros evoluíram para óbito, sendo a região Sudeste a que apresentou a maior prevalência, com 6.394 casos, em seguida, a região Nordeste (3.185) e a região Sul (3.018). No entanto, a região Sudeste possui a menor taxa de mortalidade, registrada em 7,98%; sendo a região Norte a que caracteriza a maior, com 10,20%. Observa-se que o ano de 2019 apresentou o maior número de desfecho óbito no período, com 1.517 casos. Em relação às características físicas dos pacientes, a raça/cor foi categorizada em: branca, preta, amarela, parda e indígena. A raça branca apresentou o maior número de óbitos, 6.605. Desses indivíduos, a maior parte eram da região Sudeste (3.506) e Sul (2.601). A raça/cor parda apresentou o segundo maior número (4.939), com predominância nas regiões Nordeste (2.053) e Sudeste (1.930). O sexo masculino apresentou as maiores taxas de óbitos (8.068). Segundo a análise por faixa etária, o maior número foi registrado na faixa etária de 60 a 69 anos, totalizando 3.284 mortes. Ademais, a taxa de mortalidade total no país é de 8,46.

Discussão

O LNH é uma neoplasia hematológica cuja incidência tem aumentado no Brasil. Esta tendência é influenciada por fatores como o envelhecimento da população, infecções virais e exposição a pesticidas. Além disso, a doença é mais prevalente em homens acima de 60 anos. Nesse sentido, quando observamos a distribuição dos óbitos por LNH, notamos uma disparidade racial e regional. Indivíduos de raça branca e a população do Norte tendem a apresentar o maior número de óbitos. Essa distribuição pode estar ligada a fatores socioeconômicos e ao acesso desigual aos serviços de saúde. Adicionalmente, desigualdades regionais são evidentes, com pacientes das regiões Norte e Nordeste enfrentando mais desafios no acesso ao tratamento especializado.

Conclusão

Os fatores socioeconômicos e o acesso aos serviços de saúde demonstraram ter impacto nas disparidades enfrentadas especialmente pela população parda das regiões Nordeste e Sudeste. Ademais, fazem-se necessárias políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce, que combatam as causalidades e que garantam o acesso equitativo ao tratamento para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes brasileiros com LNH.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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