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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1108-S1109 (outubro 2024)
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HEMO 2024
Páginas S1108-S1109 (outubro 2024)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEUCEMIA LINFÓIDE NA REGIÃO CENTRO OESTE
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375
LD Carvalho, LS Gorjão, JGDV Holanda, JPO Gomes, LM Matos, PPCO Silva, MZ Rodrigues, APM Paiva, GP Gutierres, CBCD Carmo
Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

Analisar e descrever características epidemiológicas da Leucemia Linfóide na região Centro-Oeste (CO), visando identificar fatores de risco e padrões de incidência que, posteriormente, podem ser alvos de estratégias para controlar o avanço da doença.

Material e métodos

Trata-se de um estudo transversal, com dados coletados da base de dados DATASUS no mês de março de 2024. Limitou-se o período entre 2018 e o momento da escrita do trabalho, na região CO. Buscou-se averiguar critérios de sexo, idade e variação entre estados do CO.

Resultados

De 2018 a 2024, foram registrados 14.037 casos da enfermidade no Brasil, sendo a região CO responsável por 1.097 casos (7,8%). O sexo mais acometido foi o masculino, representando 58,79%. A faixa etária de 0 a 19 anos corresponde a 49,6%, seguida pela faixa etária de 60 a 64 anos, com 6% dos casos nesta região. A região do Distrito Federal (DF) foi o principal centro epidemiológico, sendo responsável por 31% dos casos, seguido por Mato Grosso, com 25,3% e Goiás, com 23,9%. A modalidade terapêutica mais utilizada foi a quimioterapia, representando 98,7% das formas de tratamento, seguida pela radioterapia, com 0,82%. O ano que apresentou o maior índice de diagnóstico foi 2022, com 18,8%, seguido do ano de 2020, com 18,7%.

Discussão

A Leucemia Linfóide é um tipo de neoplasia que acomete as células linfóides, sendo dividida em Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC). A primeira acomete principalmente crianças e adolescentes, e a segunda é mais presente em pacientes idosos. A LLA, são mais progressivas e agressivas em comparação com a LLC, em decorrência da intensa proliferação de células imaturas, culminando em maior gravidade em relação à LLC, que apresenta diferenciação mais lenta. A LLA é, no Brasil, a principal causa de leucemia, sendo responsável por 26,8% de todos os cânceres infantis e 78,6% de todas as leucemias. É um tipo de neoplasia que acomete majoritariamente crianças e jovens entre 0 a 19 anos, a partir de susceptibilidade genética ou fatores ambientais. O sexo masculino é o mais acometido dentre as crianças, mas não há justificativas específicas para essa diferenciação. Sobre o diagnóstico, pacientes com acesso facilitado ao serviço de saúde tendem a uma investigação precoce, o que ocorre em maior quantidade no DF, em comparação com as demais regiões do CO. Além disso, o prognóstico é melhor na fase infanto-juvenil, comparando com pacientes com idade mais avançada, devido à maior capacidade de recuperação celular nessa fase. A escolha do tipo de tratamento é feita a partir de classificação, condições clínicas, recidivas e prognóstico do paciente. Atualmente, a modalidade mais escolhida é a quimioterapia, de modo a evitar a proliferação de blastos e conter a produção de novas células imaturas, determinantes para o agravamento do quadro.

Conclusão

Assim, conclui-se que somente a região CO contou com 7,8% dos total de casos entre os anos de 2018 e 2024. Ressalta-se que, dentre as intervenções terapêuticas, a quimioterapia foi a primeira escolha, seguida de radioterapia e, então, intervenção cirúrgica, tendo maior relevância no ano de 2022, com o alto número de diagnósticos dentre os vistos no recorte temporal, com um total de 207 pacientes. Ademais, vitimando majoritariamente jovens de 0 a 19 anos do sexo masculino, o DF destacou-se como a Unidade Federativa em proeminência no quantitativo de casos de Leucemia Linfoide, com 31% da totalidade rastreada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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