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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S387 (Outubro 2022)
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PERFIL E FREQUÊNCIA DE DOADORES DE SANGUE COM TRAÇO FALCIFORME NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - RS
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LO Garcia, LDN Vargas, SB Leite, DMR Speransa, L Sekine, JPM Franz
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Objetivo

O teste de triagem para detectar hemoglobina S é obrigatório paradoadores de sangue, pelo menos na primeira doação, visto que esse sangue nãodeve ser utilizado em situações específicas, como recém-nascidos e pacientes comhemoglobinopatias. Este estudo teve o objetivo de identificar o perfil dos doadoresde sangue com traço falciforme no serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicasde Porto Alegre (RS).

Material e métodos

Foram analisados os dados de doadoresde sangue no período de julho de 2016 a maio de 2022. As doações foramagrupadas nos períodos de julho de 2016 a junho de 2017, julho de 2017 à junho de2018, julho de 2018 à junho de 2019, julho de 2019 à junho de 2020, julho de 2020à junho de 2021 e julho de 2021 à maio de 2022. A identificação étnico-racial comonegro agrupou pretos e pardos.

Resultados

Foram realizadas 78.825 doaçõesdestas, 554 doações com HbS positiva referente à 371 doadores, dentre eles amaioria era do grupo O positivo (174 - 47%), seguidos dos grupos sanguíneos Apositivo (109 - 29,3%), B positivo (42 - 11,3%), O negativo (22 - 6%), AB positivo(14 - 3,8%), A negativo (6 - 1,6%), AB negativo (3 - 0,8%) e B negativo (1 - 0,2%).Um total de 210 (56,6%) doadores eram do sexo masculino e 161 (43,4%) do sexofeminino. Conforme a classificação étnica-racial, 172 (46,4%) eram brancos, 195(52,6%) eram negros e 4 (1%) não constava a informação. A incidência de doadorescom pesquisa de HbS positiva observada no período avaliado foi de 1,74% e aprevalência de 0,70%. O maior número de doadores de sangue com a presença deHbS foi de julho de 2016 a junho de 2017 (118 - 21,3%) representando umaincidência de 2,53% das doações e prevalência de 0,88%, seguidos dos períodosde julho de 2020 à junho de 2021 (67 - 18%), julho de 2019 à junho de 2020 (56-15%), julho de 2017 à junho de 2018 (53 - 14%) e julho de 2018 à junho de 2029 (53- 14%), julho de 2021 à maio de 2022 (38 - 10%). Doadores que apresentarampesquisa de HbS positiva foram assíduos no Serviço de Hemoterapia, totalizando194 doações de repetição. O maior número de doações oriundas de doadores derepetição ocorreu no período de julho de 2020 a junho de 2021 (43 - 22,1%). Omenor número de doações de repetição ocorreu de julho de 2016 a junho de 2017(14 - 7,2%).

Discussão

Os nossos achados no período estudado demonstraramuma baixa prevalência do traço falciforme (0,7%) nos doadores e são consistentescom a literatura. A maior prevalência foi vista no sexo masculino, provavelmentedevido ao fato de que, segundo a ANVISA, os homens são a maioria comodoadores de sangue. O menor número de doações de repetição ocorreu de julho de2016 a junho de 2017, o qual se justifica por ser o mesmo período em que foirealizado o maior número de novas doações com HbS positiva.

Conclusão

Esteestudo permitiu identificar a frequência e o perfil de portadores do traço falcêmicoentre os doadores do serviço de Hemoterapia do HCPA. Além do teste ser umaobrigatoriedade da legislação (Portaria de Consolidação n°5, de 28 de Setembro de2017), serve para fornecermos um produto de melhor qualidade aos receptores eainda, ser uma informação relevante para o doador e sua saúde.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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