Compartilhar
Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S416 (outubro 2022)
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S416 (outubro 2022)
Open Access
PERFIL DOS PACIENTES TRANSFUNDIDOS COM CONCENTRADO DE PLAQUETAS POR AFÉRESE EM HOSPITAL GERAL PRIVADO
Visitas
1053
LS Pedrosa, EAS Moraes, CLM Barretto
Grupo GSH, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
Mais dados
Objetivos

Avaliar o perfil dos pacientes que transfundiram concentrado de plaquetas por aférese fornecido pela Agência Transfusional localizada no Hospital Geral privado, assim como conhecer o quantitativo transfusional para o atendimento com segurança e qualidade.

Material e métodos

Estudo descritivo, observacional e transversal, que avaliou o perfil dos pacientes transfundidos com concentrado de plaquetas por aférese quanto ao diagnóstico, sexo e idade, assim como o quantitativo transfusional. Os dados foram obtidos do sistema software da Agência Transfusional-GSH, localizada no Hospital Geral privado, em Recife-PE, no período de janeiro a dezembro de 2021. Foi realizada a análise descritiva dos dados por meio de frequências absolutas, percentuais e utilização da média e mediana.

Resultados

A Agência Transfusional realizou 322 transfusões de concentrado de plaquetas por aférese em 37 pacientes, com a média de transfusão de 26,8 ao mês e 8,7 por paciente. Dos 37 pacientes, a maioria era do sexo feminino (65%) com a mediana de idade de 59 anos. Pacientes do sexo masculino apresentaram mediana de idade de 60 anos, maior quantitativo de transfusões (63%), predomínio do diagnóstico de leucemia aguda e estavam localizados em Unidade de Terapia Intensiva. Em relação ao diagnóstico na amostra geral, 35% eram mieloma múltiplo, 27% leucemias, 19% linfomas, 8% COVID e Dengue, 6% síndrome mielodisplásica e 5% outras neoplasias malignas.

Discussão

O consumo de plaquetas por aférese foi alto e, apesar da maioria dos pacientes ser do sexo feminino, houve predomínio de consumo no masculino, devido ao diagnóstico mais frequente de leucemia aguda. É comum a presença de plaquetopenia nesta patologia e Gaydeos et al . reforçaram a relação entre plaquetopenia e risco de sangramento em pacientes com leucemia aguda e baixa contagem plaquetária. A literatura tem estimulado o suporte transfusional profilático nas leucemias agudas, porém com racionalidade, favorecendo às transfusões com indicações bem estabelecidas, devido aos riscos e custos transfusionais. A transfusão de plaquetas está associada ao aumento do número de dias em uso de antibiótico nos pacientes com leucemia aguda, devido ao risco de reação febril não hemolítica e dificuldade de diferenciação com neutropenia febril. Além disso, a doação de plaquetas por aférese é um procedimento com custo elevado e necessita de doadores com disponibilidade de tempo e perfil biológico característico. E para manter a motivação e fidelização desses doadores, é necessário atender às suas expectativas, com intuito de proporcionar um procedimento confortável, seguro, com qualidade e mais curto.

Conclusão

A compreensão do perfil de atendimento é importante para eficiência operacional da Agência Transfusional, através da captação de doadores, definição e abastecimento de estoque, assim como o manejo transfusional assertivo, com a garantia de atendimento a todas as solicitações de transfusão. O estudo reforçou que pacientes com leucemia aguda apresentam maior quantitativo de transfusão de concentrado de plaquetas por aférese durante o internamento hospitalar.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas