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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S490 (Outubro 2021)
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PERFIL DE EXCLUSÃO DE TRIAGEM NA DOAÇÃO DE SANGUE DOS POSTOS DE COLETA DA COLSAN DA CIDADE DE SÃO PAULO
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1030
C Ejnisman, MFM Malanga, E Penhalber, RB Basilio, JT Pereira, LO Trigo, CSY Takano, L Mouadeb, MG Catarozzo, AJP Cortez
Universidade de Santo Amaro (UNISA), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Analisar quais os principais motivos de exclusão de triagem dos possíveis doadores de sangue.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, de abordagem quantitativa e qualitativa. As informações foram extraídas da base de dados da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (COLSAN). Foram acessados e tabulados os dados da quantidade total de candidatos à doação de sangue, quantidade de candidatos aptos, quantidade de candidatos inaptos e motivo da inaptidão entre os anos de 2016 e 2020 das diversas unidades de coleta. Não houve a necessidade de procedimentos éticos em pesquisa, pois não envolveu diretamente seres humanos, tratando-se de estudo secundário.

Resultados

Foram relatados 723.808 candidatos à doação de sangue no período de 2016 a 2020, sendo que 97.166 (12,74%) foram bloqueados durante a triagem. As principais causas para a inaptidão foram hematócrito/hemoglobina baixos (11,29%), uso de medicamentos contraindicados para a doação de sangue (10,88%), tatuagem/acupuntura/perfuração do lobo da orelha recente (10,27%), cirurgia recente (8,05%) e infecção/febre (7,38%).

Discussão

Entre 2016 e 2020, 762.808 candidatos à doação de sangue foram entrevistados e triados, sendo o ano de 2019 com maior número de candidatos e 2020 com menor número de candidatos (já que a pandemia da Covid-19 afetou o fluxo de doação). As causas de exclusão se reptem durante os anos analisados, como hemoglobina baixa, uso de medicamentos contraindicados para doação, tatuagem/acupuntura ou perfuração de lobo da orelha recente, cirurgia recente, infecção ou febre no momento da triagem, relação sexual de risco e vacinação recente. Estas são as principais causas de exclusão durante os anos analisados totalizando aproximadamente 59% de todas as exclusões. A pesquisa da hemoglobina e do hematócrito se tornou requisito obrigatório para a doação de sangue desde a aprovação pela legislação do MERCOSUL. Comumente, o que impede a doação de sangue não é o uso do medicamento, mas a patologia associada à medicação do doador. O motivo pelo qual o terceiro é um impeditivo temporário para a doação de sangue é o uso de agulhas sem poder comprovar que as mesmas estavam assépticas, classificando o candidato em situação de risco para contaminação por vírus, devendo esperar um ano após o procedimento para doar. Cirurgia recente é um obstáculo para doação pelo tempo necessário do organismo do doador de completa recuperação. Já o candidato que apresentar febre, resfriado, dor de garganta ou qualquer indicativo de infecção na última semana está impedido de doar sangue até duas semanas após o término do tratamento por causa do risco de viremia e bacteremia que podem contaminar o hemocomponente a ser doado. A exclusão por atividade sexual de risco está relacionada ao risco de contração de infecções sexualmente transmissíveis. A vacinação recente é o critério de exclusão que deu um salto de incidência entre os anos de 2017, o que impede a doação são: interferências no resultado das sorologias por reação cruzada e a circulação do microorganismo da vacina que permanece no doador por um tempo, mesmo que atenuado.

Conclusão

Os principais critérios de exclusão, portanto, são causas temporárias, relacionadas com o estado do doador.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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