
Descrever o perfil das Agências transfusionais e Assitências Hemoterápicas do Norte de Minas Gerais. Objetivos específicos: Analisar grau de conformidade, identificar fatores que interferem no grau de conformidade e identificar possíveis melhorias a serem implantadas.
Material e métodosEstudo transversal, descritivo, qualitativo e quantitativo. Dados coletados à partir de registros de supervisões realizadas nos Hospitais e registros estatísticos.
ResultadosAtualmente 43 hospitais são vinculados ao Hemocentro Regional de Montes Claros/ Fundação Hemominas, 29 Agências transfusionais e 14 Assitências Hemoterápicas com interveniência. Foram avaliados em 2019, 29/38 hospitais, 72,7% das transfusões ocorreram em Montes Claros, o fluxo de transfusões foi inferior a 5 transfusões por mês em 18 hospitais e maior que 60 em 7 hospitais. Sobre as transfusões 63% foram de concentrados de hemácias, 33% plaquetas, 10% plasma fresco e 4% crioprecipitado. Verificou-se que em serviços com pequena demanda havia transfusão de hemocomponentes especiais. As transfusões realizadas pelo SUS corresponderam a 88%. Identificado déficit de doadores encaminhados pela captação hospitalar. As perdas de hemácias por vencimento correspondeu a 0,06%. Comitê transfusional constituido em todos os hospitais, sendo 5/29 não atuantes. Foram registradas no período 93 reações transfusionais, correspondendo a 3,78/1000 transfusões, mais frequentes reações febris não hemolíticas (59) e alérgicas (19). Principais não conformidades: falha na gestão de equipamentos, procedimentos desatualizados e não disponíveis, falta de repasse de treinamento para equipe hospitalar, rotatividade de responsáveis técnicos, falha na organização de arquivos.
DiscussãoObedecer as legislações pertinentes à hemoterapia é fundamental para segurança transfusional, exige treinamentos sistemáticos, supervisões técnicas, gestão das não conformidades e correção imediata de não conformidades críticas.
ConclusãoA maior parte das transfusões no Norte de Minas ocorrem em Montes Claros, dificuldades de acesso, grandes distâncias determinam contratos com hospitais cuja demanda de transfusão é baixa. Manter estoque de hemocomponentes suficiente, transporte e conservação adequados, equipes hospitalares treinadas, procedimentos atualizados e disponíveis, gestão de equipamentos, gestão de resíduos, registros e arquivos conformes são desafios constantes para garantia da segurança transfusional.