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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1140-S1141 (outubro 2024)
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HEMO 2024
Páginas S1140-S1141 (outubro 2024)
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PERFIL CLÍNICO E PROGNÓSTICO DA LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA EM CRIANÇAS
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MLS Sousaa, MSD Reisa, LAL Frotaa, GDAC Cavalcantea, PHM Souzaa, CDTM Frotaa, MOE Silvab, MAR Pinheiroa, LR Portelaa, AKA Arcanjoa, AMLR Portelaa
a Centro Universitário INTA (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
b Centro universitário São Lucas (afya unisl), Porto Velho, RO, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

Compreender o perfil clínico dos pacientes pediátricos diagnosticados com leucemia linfocítica aguda, bem como caracterizar quanto ao prognóstico desses pacientes, identificando abordagens importantes que mudem o desfecho clínico e qualidade de vida dos pacientes.

Material e métodos

Estudo qualitativo utilizando artigos do Pubmed, Lilacs e Scielo. Palavras-chave: leucemia, pediatria, perfil clínico, diagnóstico, prognóstico. Incluídos artigos em português ou inglês dos últimos cinco anos. Excluídos artigos sem revisão sistemática ou ensaio clínico. Selecionados 12 artigos, 8 excluídos por falta de relevância.

Resultados

Estudos mostraram que a idade do paciente é considerada como fator de importância prognóstica importante em crianças com LLA. Assim, pacientes com idade menor que 9 anos, apresentam um melhor prognóstico do que aquelas com mais de 9 anos. Nos pacientes com idade superior a 10 anos, a sobrevida global em oito anos foi de apenas 49%. Quanto aos sinais e sintomas das crianças no momento do diagnóstico, um estudo realizado por Barbosa com 61 crianças portadoras de leucemia aguda, mostrou que 62% apresentaram manifestações do sistema músculoesquelético. Foi visto que às queixas relacionadas a esse sistema se destacam e estão manifestadas na forma de artrite, artralgias e outras dores ósseas, o que são sintomas comuns a várias outras doenças, tornando mais difícil assim chegar ao diagnóstico de leucemia. Devido a gama de doenças com tais manifestações de sintomas, esses pacientes recebem diagnóstico inicial de calazar, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide juvenil ou púrpura trombocitopênica imune e alguns ainda recebem corticoterapia antes do diagnóstico definitivo. Vale ressaltar que o uso de corticosteróides pode aliviar os sintomas da leucemia, mascarando a doença, além de alterar a citologia e a histologia medular, retardando ainda mais o diagnóstico.

Discussão

A idade do paciente deve guiar o diagnóstico e tratamento da LLA. Sintomas musculoesqueléticos comuns exigem atenção para diagnóstico diferencial de leucemia, evitando atrasos e diagnósticos errôneos. A confusão diagnóstica leva a corticoterapia inadequada, destacando a necessidade de educação contínua entre os profissionais de saúde.

Conclusão

Diante disso, o estudo destaca a complexidade que é diagnóstico de leucemia linfoide aguda em pacientes pediátricos, tanto pela abrangência dos sintomas que frequentemente levam a diagnósticos iniciais errôneos, como pelo início de terapias que muitas vezes mascaram o diagnóstico da LLA. Isso reforça a necessidade de que a LLA seja considerada um diagnóstico diferencial de crianças apresentando sintomas musculoesqueléticos. Ademais, avanços nos métodos diagnósticos e a promoção de uma formação em educação entre os profissionais de saúde podem melhorar significativamente a detecção da LLA, aumentando as chances dos pacientes pediátricos terem uma maior taxa de sobrevivência e melhor qualidade de vida.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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