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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S241-S242 (outubro 2024)
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HEMO 2024
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PACIENTES COM LINFOMA NÃO-HODGKIN: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA REGIÃO SUDESTE DE 2019 A 2023
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GDS Almeidaa, GS Gueratob, AFG Martinsc, LS Teixeirad, LR Rocumbacke, PZ Manoelf, MS Guterresg, GG Dornelash, LM Francoi, LHMSG Graciollij
a Universidade de Rio Verde (UniRV), Formosa, GO, Brasil
b Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
c Universidade de Marília (UNIMAR), Marília, SP, Brasil
d Universidad Privada Maria Serrana, Ciudad Del Este, Paraguai
e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
f Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil
g Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Brasília, DF, Brasil
h Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
i Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Guarulhos, SP, Brasil
j Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivo

Traçar o perfil epidemiológico dos casos de Linfoma Não-Hodgkin no estado do Sudeste no período de 2019 a 2023.

Material e métodos

Estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, caráter descritivo e retrospectivo sobre internações por Linfoma Não-Hodgkin, realizado através de extração de dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, na série temporal de 2019 a 2023. As variáveis de internação incluíram faixa etária, sexo e ano de processamento, sendo estratificadas por região brasileira.

Resultados

Entre 2019 e 2023, houve um total de 38.860 internações por Linfoma não-Hodgkin na região Sudeste do Brasil. As faixas etárias com maior número de internações foram 60 a 69 anos, seguida de 50 a 59 anos e 70 a 79 anos que representaram, respectivamente, 22%, 19% e 13% de todas as internações no período. São Paulo registrou o maior número de internações (21.822), enquanto o Espírito Santo teve o menor número (1.941). São Paulo registrou 4.405 internações em 2019, 4.356 em 2020, 4.207 em 2021, 4.258 em 2022 e 4.576 em 2023, o maior número anual. Já o Espírito Santo teve o menor índice: 341 em 2019, 349 em 2020, 384 em 2021, 440 em 2022 e 427 em 2023. São Paulo e Minas Gerais reduziram as internações de 2019 a 2021, mas aumentaram em 2022 e 2023. No Rio de Janeiro, houve queda de 2019 a 2022 e aumento em 2023. O Espírito Santo teve números estáveis até 2021, mas subiu em 2022 e 2023. O total da região caiu de 2019 a 2021, mas cresceu em 2022 e 2023. Apesar das flutuações, internações por Linfoma não-Hodgkin subiram nos últimos dois anos. A morbidade foi maior no sexo masculino, com mil casos a mais que no sexo feminino a cada ano. Embora tenham ocorrido variações ao longo dos anos, o número total de internações por Linfoma não-Hodgkin aumentou em 2023 em comparação a 2019.

Discussão

A distribuição do linfoma não-Hodgkin (LNH) no Brasil apresenta variações, contrariando a tendência por apresentar menor incidência em idosos. Essa neoplasia hematológica tem distribuição geográfica diversificada, refletindo diferenças epidemiológicas e etiológicas. De 2019 a 2023, internações por LNH no Sudeste aumentaram com a idade, destacando-se São Paulo com mais casos e o Espírito Santo com taxas mais baixas, devido à população e acesso aos serviços de saúde, especialmente em São Paulo. O aumento de internações no Brasil, principalmente em 2023, sugere maior procura por tratamento ou melhor detecção da doença. A concentração de internações em São Paulo reflete a população e serviços de saúde desenvolvidos. Porém, a análise é limitada pelos dados do DATASUS, que podem não incluir aspectos socioeconômicos relevantes.

Conclusão

Determina-se a necessidade de investir em pesquisas sobre o Linfoma Não-Hodgkin, considerando as oscilações de internações e as influências socioeconômicas e infraestruturais. É necessário melhorar o diagnóstico e a saúde do país. Fatores socioeconômicos e socioculturais devem ser considerados para desenvolver estratégias de ações de saúde para os grupos mais afetados. Outros grupos étnicos e regiões devem ser analisados, levando em conta possíveis subnotificações e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Estudos são essenciais para desenvolver programas de saúde pública mais eficazes e reduzir os números de óbitos por púrpura trombocitopênica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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