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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1219-S1220 (outubro 2024)
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O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR NO TRATAMENTO DA SEPSE EM AMBIENTE HOSPITALAR
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MA Garcia, EFGD Santos, FRR Correa, GT Berti, JCI Gazola
Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos, Ourinhos, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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A sepse, uma das síndromes mais antigas estudadas pela medicina, é responsável por aproximadamente 11 milhões de mortes anuais no mundo, segundo a World Health Organization (WHO), no Brasil, são cerca de 240 mil mortes anuais, com uma taxa de mortalidade de 65%. O diagnóstico mais rápido e preciso de sepse atualmente é feito pela reação em cadeia da polimerase (PCR), embora o padrão ouro ainda seja a cultura microbiológica, provas bioquímicas e antibiograma; a PCR permite um diagnóstico precoce e mais sensível, detectando até quantidades mínimas de patógenos, sendo mais eficaz, permitindo a identificação específica de microrganismos e genes de resistência a antibióticos, auxiliando na escolha da antibioticoterapia adequada e evitando danos ao paciente. A Santa Casa da Misericórdia de Ourinhos (ASCMO) implementou essa tecnologia devido ao aumento de casos de sepse durante a pandemia de COVID-19, especialmente em pacientes em ventilação mecânica. A microbiologia convencional tem um tempo de resposta mais longo, o que motivou a busca por metodologias mais rápidas e confiáveis, como a detecção de marcadores genéticos de patógenos.

Objetivos

Implantar diagnóstico molecular para a detecção de patógenos e seus genes de resistência, colaborando na prevenção e/ou melhoria dos quadros de sepse em pacientes da UTI da Santa Casa de Ourinhos, propondo uma abordagem mais eficaz às infecções.

Metodologia

O estudo foi realizado com 30 amostras de pacientes da UTI da Santa Casa de Ourinhos entre maio e novembro de 2022, utilizando culturas bacterianas para a análise molecular. O método envolve amplificação simultânea de patógenos e genes de resistência via PCR, seguida de hibridização reversa com sondas específicas (Flow Chip), o software HybriSoft analisa os resultados, identificando patógenos e genes de resistência.

Resultados

Das 30 amostras, 26 foram positivas para patógenos como Staphylococcus spp., Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus spp., Enterobacteriaceae, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus spp. e Escherichia coli. Os genes de resistência detectados incluíram MecA, β-Lactamase SHV e β-Lactamase CTX-M. Discussão: O gene MecA, resistente à meticilina, foi o mais prevalente, encontrado em 16 amostras de Staphylococcus spp. Genes β-Lactamase SHV e CTX-M foram detectados em um paciente com Klebsiella pneumoniae, indicando resistência a várias penicilinas e cefalosporinas. A técnica Flow Chip mostrou alta sensibilidade na detecção de patógenos e genes de resistência, mas pode falhar em identificar genes na membrana ou parede celular das bactérias, o que o antibiograma pode detectar.

Conclusão

O diagnóstico por PCR é mais rápido (cerca de 4 horas) comparado ao antibiograma (24-48 horas), sendo decisivo para o tratamento eficaz e rápido da sepse. O custo elevado do teste automatizado é justificado pelo melhor prognóstico e menor tempo de tratamento, destacando a importância da tecnologia molecular na gestão da sepse.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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