
No que tange a hemoterapia, a gestão do cuidado compreende um conjunto de ações, que abrangem as práticas assistenciais e tecnológicas, envolvidas no objetivo de um cuidar efetivo, que se manifesta forma direta e indireta, propulsionada pela pesquisa científica, que retroalimenta as atribuições gerenciais de um processo, objetivando continuidade, para fornecer aos serviços de saúde, produtos que perpassem pela segurança ao doador, pacientes e equipe multiprofissional de saúde, a partir da qualidade no que tange a produção de hemocomponentes.1 Neste contexto, destaca-se a presença do enfermeiro como gestor do cuidado em saúde. Unindo os processos de cuidar e processos de administrar o cuidado, tanto de modo individual como coletivo nos serviços, de modo dedicado para construção e gestão do cuidado adequado aos envolvidos.
ObjetivoMapear na literatura as melhores práticas da gestão do cuidado na doação de plaquetas por aférese.
MétodoRevisão de Escopo, norteada pelas recomendações metodológicas sugeridas pelo Joanna Briggs Institute, originária de uma Dissertação de Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial. Através da busca de estudos em bases de dados em saúde, publicados nos últimos 5 anos. Foram consultadas as bases: MEDLINE; LILACS; IBECS; LIPECS e CINAHAL entre janeiro e fevereiro de 2022, em que dentre a seleção de 12 estudos dispostos em inglês, 7 participaram da subsequente.
DiscussãoA doação de plaquetas por aférese pode causar efeito negativo nos parâmetros do eritrograma, em decorrência de hemólise ou devido à perda sanguínea dos kits empregados no procedimento. Porém, todos os equipamentos recentes são capazes de coletar plaquetas em dose única ou dupla de modo seguro. Daí a relevância em melhorar os processos de seleção e eficiência e segurança no procedimento ou estabelecer o número de doações que podem ser feitas sem afetar a saúde do doador. A seleção e avaliação criteriosa dos doadores de plaquetas, o acompanhando de perto dos mesmos, durante e após a doação, assim como, o reconhecimento precoce de intercorrências por profissionais experientes, visam reduzir ocorrência de reações adversas durante o procedimento de plaquetaférese, além de estimular a fidelização do doador4,5,6. Reações vasovagais relacionadas à dor desencadeada pela punção venosa, pela ansiedade e o estado de tensão em se submeter à doação, caracterizada pela palidez, sudorese, tontura, náusea, hipotensão e síncope, são os eventos adversos comumente observados. A intoxicação por citrato, utilizado como anticoagulante no procedimento de aférese, O efeito adverso mais comum da aférese é a toxicidade ao citrato, manifestada através dos sintomas como dormência circumoral, sensação de zumbido ou vibração, formigamento ou sensação de frio devido à propriedade quelante do cálcio, pode ocasionar hipocalcemia, quando o sangue anticoagulado retorna à circulação do doador após a remoção seletiva de plaquetas.
ConclusãoConhecer o processo de doação de plaquetas por aférese, dá ao enfermeiro, a dianteira necessária para gestão do cuidado no que se refere a garantir segurança ao doador em todas as fases do procedimento, além de nortear as ações da equipe multiprofissional de saúde frente a ocorrência de eventos adversos.