Objetivos: Analisar o número de transfusões e reações transfusionais imediatas em um hospital público universitário no Norte de Minas. Justifica-se a necessidade da análise das notificações de incidentes transfusionais por ser um indicador que contribui para a melhoria da qualidade do processo. Material e métodos: Trata-se de um estudo documental retrospectivo a partir da análise dos dados do mapa de utilização de sangue e hemocomponentes e das fichas de notificação e investigação de eventos adversos transfusionais imediatos, registrados nos meses de janeiro de 2019 a junho de 2020 em um Hospital Público com 172 leitos cadastrados. Nas áreas de urgência e emergência, o hospital é classificado como trauma nível 2 e conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica, uma UTI adulto e um Pronto Socorro 24 horas. As principais referências deste serviço são: atendimento às gestantes de alto risco, vítimas de mordeduras de cães, gatos e acidentes causados por animais peçonhentos, vítimas de violência sexual, pacientes com transtorno mental, pré-natal de alto risco, clínica médica, AIDS, cirurgia geral, otorrinolaringologia, trauma nível II, ginecologia/obstetrícia, tuberculose e pediatria. Resultados: Foram realizadas 3.232 transfusões, sendo o mês de setembro de 2019 com maior número de solicitações e o mês de janeiro de 2020 com menor número, 287 e 97 respectivamente. As reações transfusionais somaram um total de 26 (0,80%), sendo a reação febril não hemolítica a mais frequente, tendo sido reportado em 17 notificações (0,37%). Também foram identificados 04 (0,12%) reações alérgicas e 01 (0,03%) TRALI – Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão. Discussão: A terapia de transfusão de sangue é um tratamento eficaz e indispensável, mas eventos adversos como reações transfusionais não podem ser completamente evitados. Estima-se que 3% dos pacientes transfundidos podem apresentar reação transfusional, as quais podem ser classificadas de acordo com o tempo de aparecimento, em imediatas (até 24h do início da transfusão) ou tardias, e de acordo com a fisiopatologia, em imunes e não-imunes. A gravidade e a incidência das reações transfusionais variam de acordo com o tipo de reação transfusional, o que pode está associada à prevalência de doença na população doadora, aos cuidados com o paciente receptor no ato transfusional o que propicia a identificação e o tratamento precoce das eventuais reações transfusionais, além da adoção de ações de hemovigilância, dentre elas o envio de informações. Devido aos avanços na triagem de doadores, testes aprimorados e sistemas de dados automatizados, os riscos e fatalidades associados à transfusão continuam a diminuir nos últimos anos. Ressalta-se a necessidade de programar ações e treinamentos para a equipe médica e de enfermagem, ressaltando a importância de identificar precocemente as reações transfusionais e assim evitar as subnotificações. A capacitação garante a segurança e a qualidade de todo o processo, reduzindo a possibilidade de erros que podem comprometer a vida dos pacientes. Conclusão: A análise dos dados protagoniza o inicio do processo de cuidar do paciente, empoderado por conhecimentos pautados na legislação profissional, evidências científicas e assegura o raciocínio clínico sistemático para a tomada de decisões.
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