
Estudos recentes têm demonstrado potencial anticâncer do Ibrutinib em modelos de melanoma. Apesar desses estudos mostrarem que o Ibrutinib pode controlar eficientemente o crescimento tumoral, a toxicidade e a baixa biodisponibilidade oral do Ibrutinib são fatores que limitam o seu uso. Neste estudo, nós propomos uma estratégia inovadora de nanoformulação do Ibrutinib com vistas a reduzir a sua toxicidade e aumentar seu potencial anticâncer contra o melanoma. Para isso, inicialmente nós nanoformulamos o Ibrutinib, com nanopartículas como carreadores lipídicos à base de ácido oleico, ácido esteárico, lecitina de soja e polissorbato 80. Em seguida, nós avaliamos por MTT e Citometria de Fluxo o potencial desse composto em induzir morte celular de linhagens de melanoma (MeWo, SK-MEL e WM164) e em fibroblastos. Por fim, nós investigamos se a nanoformulação poderia impactar na saúde mitocondrial e no potencial migratório das células de melanoma. Importante, a nanoformulação mostrou baixa toxicidade em fibroblastos. Em contrapartida, comparado ao uso isolado de Ibrutinib, a nanoforumalação dessa droga foi capaz de reduzir significativamente a viabilidade de todas as linhagens de melanoma testadas. Em linha, nós identificamos a exposição ao produto nanoformulado provocava apoptose celular e liberação de LDH pelas células tumorais. Além disso, o produto nanoformulado foi capaz de comprometer a permeabilidade mitocondrial das linhagens celulares. Por fim, as células tratadas mostraram redução na sua capacidade migratória, indicando atividade anti-metastática do produto nanoformulado. Apesar de preliminar, nossos dados mostram que o uso de nanosistemas lipídicos são estratégias promissoras para realçar estratégias terapêuticas alvo dirigidas e podem otimizar o potencial anticâncer do Ibrutinib em modelo de melanoma.
FinanciamentoCNPQ e FAPDF.