
Quantificar e determinar a prevalência dos tipos sanguíneos em nossa região.
Materiais e métodosFoi realizada coleta de dados dos arquivos de laudos imunohematológicos dos pacientes que receberam transfusão de hemocomponentesem nosso serviço de imunohematologia da Santa Casa de Ourinhos entre os anos de 2018 ate julho de 2022, realizamos o levantamento das Fenotipagens ABO/RhD, realizados pela metodologia convencional em tubo empregando anti-soros. Para a análise dos resultados aplicamos estatística simples.
ResultadosDentre os 3129 pacientes catalogados, 1641 eram do sexo feminino disposto em 41,44%(680) O positivo; 6,09%(100) O negativo; 35,22%(578) A positivo; 3,96%(65) A negativo; 8,84%(145) B positivo; 1,34%(22) B negativo; 2,86%(47) AB positivo; 0,24%(4) AB negativo; 1488 do sexo masculino disposto em 41,13% (612) O positivo; 5,11% (76) O negativo; 33,13%(493) A positivo; 4,10%(61) A negativo; 11,20%(167) B positivo; 0,94%(14) B negativo; 3,90%(58) AB positivo; 0,47%(7) AB negativo.
DiscussãoA prevalência da distribuição fenotípica do sistema ABO foi de maioria O e A em ambos os sexos, em contrapartidaos tipos sanguíneos B e AB aparecem em menor intensidade. Voltando a atenção para o RhD foi observado uma prevalência de pacientes positivos para esse grupo, representando 88,85%. Atualmente no Brasil, estima-se que a produção de hemocomponentes supere 8 milhões de unidades ao ano, o que possibilita cerca de 1,7 milhão de transfusões. Quando o isolamento social foi decretado no estado de São Paulo, os bancos de sangue entraram em estado de alerta para com seus doadores pois os hemocomponentes mais utilizados em procedimentos de emergência são os concentrados de hemácias (CH), plasma fresco congelado (PFC) e concentrados plaquetas (CP). Nos anos de 2020 e 2021 os pacientes diagnosticados com COVID-19 necessitavam de grandes quantidades de CH, por conta de anemias causadas pela doença.
ConclusãoO estudo da prevalência dos tipos sanguíneos é de grande importância para que haja por parte do banco de sangue uma captação de doadores do mesmo perfil e com isso não acarrete a falta de hemocomponentes no atendimento do paciente. Essas informações podem ser utilizadas em futuros estudos demográficos onde haja relação entre tipagens sanguíneas e certas patologias, como hemorragias ou neoplasias.