A leucemia é um câncer do sistema hematopoiético no qual há transformação maligna de células progenitoras linfoides e, menos comumente, de células progenitoras mieloides, além de ser um dos tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes. Nessa perspectiva, o objetivo do presente estudo é explicar os tipos de leucemia, assim como a categoria de câncer mais prevalente na infância e adolescência, abordar brevemente o tratamento e a importância da capacitação dos cuidadores dos doentes e dos avanços terapêuticos. A metodologia utilizada, de natureza qualitativa, substanciou-se na pesquisa bibliográfica pela qual foram analisados artigos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando como descritores: Leucemia, Leucemia e infância, Leucemia linfoblástica aguda, Leucemia epidemiologia. Procurou-se por artigos apresentados na íntegra, escritos em português, inglês e publicados entre março de 2017 e junho de 2019. A etiologia da leucemia na infância continua um desafio, ainda que exista a hipótese de que a leucemia na primeira infância (LPI) surja de células clonais somáticas originadas durante a vida fetal, incentiva-se a pesquisa com relação a fatores associados a exposições ambientais. Isso é particularmente fundamentado nas ciências de saúde pública e sociais (Reis et al., 2017). Os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), gerenciado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) são fundamentais para que se conheça a distribuição da mortalidade por leucemia na população infantil do Brasil (Saraiva et al., 2018). No período de 1980 a 2015, ocorreram 10.135 óbitos por leucemia em crianças e adolescentes (0 a 19 anos) residentes nas 26 capitais dos estados brasileiros e no Distrito Federal, sendo 5.854 óbitos do sexo masculino e 4.276 do sexo feminino; cinco óbitos não apresentaram informação quanto ao sexo e foram excluídos das análises por essa variável. As taxas de mortalidade por leucemia padronizadas por idade, em menores de 20 anos de ambos os sexos, reduziram-se de 2,73 para 1,58/100 mil habitantes no período estudado. A leucemia na infância é o câncer pediátrico mais frequente e a idade de pico de ocorrência é entre 2 e 5 anos de idade na maior parte das populações, insinuando um desenvolvimento iniciado dentro do útero. As características maternas e perinatais são descritas como possíveis fatores de risco. Alguns estudos apresentaram intensificação no risco de leucemia na infância associado a exposições ocupacionais maternas durante a gestação, principalmente em mulheres que trabalham diretamente com atividades agrícolas ou expostas a pesticidas ou solventes (Reis et al., 2017). Embora a quimioterapia de indução promova remissão completa da leucemia mieloide aguda (LMA) na maioria dos pacientes, muitos podem apresentar recidiva da doença. O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é a única abordagem curativa para pacientes com LMA após recidiva. Pode-se chegar à conclusão que o câncer é uma das causas mais pertinentes de morte em crianças, em que as leucemias podem estar relacionadas a algumas peculiaridades perinatais e maternas, a qualidade de vida é imprescindível para a sobrevida desses pacientes e a quimioterapia pode levar a remissão do tumor, mas se houver recidiva, somente com o transplante de medula óssea, pode-se chegar à cura.
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