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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S212-S213 (Outubro 2023)
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LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: UM RELATO DE CASO
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LAL Frota, HOM Filho, MEM Alencar
Centro Universitário INTA (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
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Introdução

A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica rara que se inicia nas células mieloides da medula óssea tendo a sua prevalência de 15-20% dos casos de leucemia. É caracterizada por leucocitose com desvio a esquerda, presença de esplenomegalia e cromossomo Philadelphia (Ph) que é resultado da translocação dos brações longos dos cromossomos 9 e 22 formando a proteína BCR-ABL com atividade tirosina-quinase, desencadeando fatores de proliferação celular e inibição da apoptose, sendo assim responsável pela proliferação inicial da LCM. A doença evolui em três fases: fase crônica, acelerada e aguda.

Relato de caso

P.L.P. N, masculino, 70 anos, casado, natural de Cariré e procedente de Sobral, cinco filhos. Relata que há um mês abriu quadro de fraqueza em MMII e MMSS, inapetência e episódios de calafrio. Há 15 dias evoluiu com dor em fossa ilíaca direta em andar superior do abdômen sem fator de melhora e palpação do local como fator de piora da dor. Paciente procurou atendimento na unidade mista onde foi solicitado hemograma completo para avaliação. Na semana seguinte retornou para segunda avaliação que após análise de hemograma foi encaminhado para hematologista da Santa Casa de Sobral (SCS) onde foi solicitado um mielograma. No dia 13/09/2019 após resultado do mielograma foi encaminhado para enfermaria da SCS para concluir investigação de suspeita de LMC e iniciar terapêutica. Relata ocorrência de manchas púrpuras em MMSS e tronco, e perda ponderal de 6 kg no último mês. Última avaliação laboratorial revelou: CR 1,7; UR 44; K 3,3, NA 132; TGO 30,8 – TGP 14,6; HB 8,2 – HT 24,7 – VCM 78,6 – CHCM 33,4; LEUCO 186.800; RDW 22,9; PLAQ 185.000. Avaliação de imagem: mieloma de acordo com morfologia, medula óssea extremamente hipercelular, compatível com neoplasia mieloproliferativa crônica, provável leucemia mielomonocitica crônica. USG abdominal total: Compatível com esplenomegalia difusa.

Discussão

A leucemia Mieloide crônica se manifesta, na maioria dos casos por esplenomegalia, sensação de fraqueza, cansaço, perda de peso, febre e dor óssea. Os principais fatores de risco são: idade avançada, exposição à radiação, sexo masculino e história familiar de câncer. O diagnóstico se torna evidente pelos aspectos clínicos e laboratoriais. Para elucidação diagnóstica pode-se usar os seguintes métodos: hemograma completo, mielograma, biopsia de medula, PCR qualitativo e quantitativo, cariotipagem, imunofenotipagem e após resultados é possível definir a fase da doença. A avaliação de sucesso terapêutico é feita pela análise dos níveis normais de plaquetas, leucócitos, basófilos menor que 5% e ausência de esplenomegalia, lembrando que o hemogramama deve ser repetido quinzenalmente durante o tratamento.

Conclusão

A diversidade dos sintomas torna a avaliação laboratorial e de imagem extremamente importante para elucidação diagnóstica, muitas vezes sendo mantida ao decorrer do tratamento para acompanhamento e evolução do paciente. O diagnóstico e tratamento precoce aumenta a resposta citogenética, reduz os riscos de recorrência, e proporciona um aumento da sobrevida do paciente em 15%. Após um ano de tratamento com Imatinibe, a probabilidade de atingir resposta molecular adequada aumenta 58% com relação aos pacientes que têm seu diagnóstico tardio.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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