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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S354 (Outubro 2022)
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LACTENTE COM RECIDIVA MUITO PRECOCE DA LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA (LLA) E TRANSFORMAÇÃO PARA A LINHAGEM DE SWITCH DURANTE A INFUSÃO DE BLLINATUMUMAB SUBMETIDA AO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)
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484
LP Oliveiraa, ALB Penaa, BA Cardosoa, MF Giovanardia, C Souzaa, RL Guedesb
a Hospital Oncobio - Grupo Oncoclínicas, Belo Horizonte, MG, Brasil
b Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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Objetivo

Relatar o caso de lactente com diagnostico de recidiva muito precoce da Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e transformação para a linhagem Switch submetida a diversos protocolos de tratamento e ao Transplante de Medula Óssea (TMO).

Material e métodos

Relato de caso.

Resultados

Lactente do sexo feminino com diagnóstico de LLA pré B alto risco (translocação 10; 11 - MLL+) aos 8 meses de idade, submetida a tratamento quimioterápico segundo Protocolo Interfant 06. No oitavo dia de tratamento, foi classificada como boa respondedora ao corticoide por ter menos de 1000 blastos no sangue periférico. Avaliação da Doença Residual Mínima (DRM) do D15 da indução mostrou resposta satisfatória com 0,8% de blastos ao mielograma e no D33 encontrava-se negativa. O tratamento foi continuado com o monitoramento de DRM a cada bloco a ser iniciado e, antes de iniciar o bloco MARMA, estava com 2,2% de células atípicas por imunofenotipagem. Sem doador aparentado, foi cadastrada no REREME (Banco de Receptores de Medula Ossea) e encontrado doador com 100% de compatibilidade. Após a recuperação medular, antes de iniciar o segundo bloco quimioterápico (OCTADAD), foi realizada uma nova avaliação de DRM cujo resultado foi negativo. Em paralelo, já estava em preparo (exames, autorização de Tiotepa, coleta de medula óssea do doador) para ser submetida ao transplante de medula óssea. Ao término do bloco OCTADAD, foi internada no setor de TMO quando a avaliação medular pré-transplante evidenciou 56% de blastos linfoides com fenótipo semelhante ao diagnostico (CD19+). Diante do diagnóstico de recidiva muito precoce com possibilidade de TMO, foi administrado o Blinatumumab. No décimo quinto dia de infusão, realizada aspiração de medula óssea, cujo resultado mostrou blastos com características fenotípicas mieloides e linfoides, com blastos mieloides em maior porcentagem, sendo diagnosticada a Leucemia Switch. Foi administrado um novo ciclo quimioterápico com Fludarabina + Citarabina (FLAG) e nenhuma resposta foi alcançada, com 99% de blastos na medula óssea. Na tentativa de obter a remissão para ser encaminhada ao transplante de medula, recebeu Mitoxantrone + FLAG e, durante o período de aplasia, fez o condicionamento com Etoposídeo associado à irradiação corporal total, seguido do transplante de medula óssea com doador não aparentado. Paciente obteve boa evolução durante e após o TMO. Encontra-se no D+240 e em remissão da doença com DRM negativa nos dias D+30; D+60, D+100, D+199. A avaliação de quimerismo está completa em todas as avaliações de medula óssea.

Discussão

A lactente foi diagnosticada inicialmente com LLA pré-B, MLL positiva. A resposta inicial foi satisfatória, mas precocemente teve a recaída da doença com mudança de linhagem blástica após ser instituído o tratamento com Blinatumumab. Diante da gravidade do quadro e restrição de novas possibilidades terapêuticas, foi optado por realizar o transplante de medula óssea durante o período de aplasia pós resgate (MITO-FLAG). A paciente apresentou boa evolução e encontra-se em remissão após 6 meses do transplante de medula óssea.

Conclusão

Frente aos casos de leucemias agudas na infância de alto risco, com refratariedade aos protocolos tradicionais e à existência de doador não aparentado, é razoável e aceitável a realização do TMO no momento da aplasia após bloco de quimioterapia de resgate.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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