Objetivo: Descrever a eficácia e o perfil de efeitos adversos da imunoglobulina humana intravenosa (IGIV) em pacientes com púrpura trombocitopênica imune (PTI), assim como padronizar a infusão da IGIV com a intensão de adequar a ocupação de leito em hospital dia, evitando a hospitalização do paciente com PTI. Material e métodos: Estudo transversal, retrospectivo de analise de prontuário e entrevista telefônica, de todos os pacientes com diagnóstico de PTI que fizeram uso de IGIV e foram atendidos no hospital terciário, no período compreendido entre junho de 2016 até junho de 2019. Resultados: Dos 96 pacientes com diagnóstico de PTI, foram incluídos 19 pacientes (19.79%) que fizeram uso de IGIV em algum momento desde o diagnóstico, sendo 3 (15.79%) homens e 16 (84.21%) mulheres. A estratificação por idade foi realizada da seguinte forma: 18-30 anos (n=6, 31.58%), 31-40 anos (n=5, 26.32%), 41-50 anos (n=1, 5,26%), 51-60 anos (n=2, 10.53%) e >60 anos (n=5, 26.32%). A frequência dos eventos que levaram ao uso de IGIV em 65 ciclos é a seguinte: sangramento cutâneo-mucoso: 39 casos, sangramento vaginal: 12 casos, associados a gestação: 10 casos, hemorragia digestiva alta/baixa: 03 casos, preparo para esplenectomia: 02 casos, hematoma subdural crônico: 02 casos, sangramento oftalmológico: 02 casos, cirurgia ginecológica: 01 caso, glossectomia: 01 caso, e sangramento pós aspirado de medula óssea: 01 caso. Efeitos adversos observados, temos: cefaleia (04 pacientes), hipotensão arterial (03 pacientes), calafrios (03 pacientes), dor torácica (01 paciente), hipertensão arterial (01 paciente), 08 pacientes referiram não ter apresentado reações adversas e em 05 pacientes essa informação é desconhecida. Discussão: IGIV está consolidada como terapia em situações de urgência. Nossos dados corroboram o perfil de segurança, onde o efeito adverso mais frequente é a cefaleia e na maior parte deles são fenômenos considerados como leves. Com a intensão de fornecer melhores cuidados, mantendo a eficácia sem expor a maior toxicidade, apresentações de IGIV 10%, que apresenta menor volume, tem sido testada em diversos trabalhos permitindo um tempo de infusão mais rápido, o que se traduz em melhor qualidade de vida para os pacientes. Conclusão: A importância de retratar nossa experiência com uso de IGIV está em poder descrever a eficácia alcançada e o perfil de segurança na nossa prática, num contexto de saúde pública, onde o arsenal terapêutico é reduzido. Percebemos que existem oportunidades de melhoria como a opção de oferecer infusões mais rápidas em pacientes selecionados, algo que em um serviço superlotado permite um uso mais eficiente dos recursos.
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