Objetivos: Verificar se a pandemia do COVID-19 alterou a rotina de distribuição de hemocomponentes dos Hospitais clientes da Associação Beneficente de Coleta de Sangue – COLSAN. Materiais e métodos: Foi verificado a média mensal de distribuição de hemocomponentes dos últimos 6 meses antes da pandemia que se iniciou em março de 2020. A partir deste mês o número de distribuições de hemocomponentes total foi monitorado mensalmente até julho de 2020 e comparado com a média. Os números levantados foram compilados em planilha Excel. Os hemocomponentes distribuídos foram considerados os concentrados de hemácias (standard e modificados), plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas randômicas e por aférese, crioprecipitado e sangue total reconstituído. Resultados: A média de distribuições dos últimos 6 meses (setembro/19 – fevereiro/20) foi de 21.589 hemocomponentes por mês. No mês de março, como a pandemia no Brasil ainda estava no início o total de distribuição foi de 20.092 hemocomponentes. Houve uma redução de 8,1% em relação à média. Em abril houve uma ligeira queda de 4,3% na distribuição totalizando 20.908 hemocomponentes. Já em maio, quando a pandemia estava em alta, as distribuições de hemocomponentes tiveram a maior queda desde o início da pandemia, 14,8% em relação à média. Houve a diminuição de 2.959 hemocomponentes distribuídos neste mês. A partir de junho as distribuições voltaram a ser semelhantes à média com um total de 21.763 hemocomponentes distribuídos. Já em julho as distribuições ficaram 12,08% acima da média com 2.640 hemocomponentes a mais distribuídos em todos os Hospitais Clientes atendidos pela COLSAN. Discussão: Devido a pandemia mundial do COVID-19 que atingiu o Brasil em março de 2020 a assistência Hospitalar começou a ficar sobrecarregada. Muitos hospitais tornaram-se referência para pacientes infectados pelo coronavírus alterando a rotina hospitalar. A redução do número de distribuições foi devido a cirurgias eletivas, rotinas ambulatoriais, transplantes que começaram a ser cancelados. Devido a quarentena o fluxo de pessoas nas ruas e estradas diminuíram e consequentemente acidentes de trânsito. O medo e insegurança das pessoas de irem a um Hospital também impactou na rotina transfusional. No final de junho com o retorno gradual das atividades e com a melhora do impacto da pandemia nos leitos dos Hospitais e principalmente das UTIs, a rotina hospitalar aos poucos começou a voltar ao normal e as cirurgias e procedimentos foram retomados explicando o aumento da rotina de distribuição de hemocomponentes. Conclusão: O monitoramento das distribuições durante a pandemia do COVID-19 foi essencial para que pudéssemos acompanhar o movimento dos Hospitais e tomar decisões que pudesse atender a rotina transfusional de todos os Hospitais clientes.
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