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Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S286-S287 (outubro 2022)
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Páginas S286-S287 (outubro 2022)
Open Access
IMPACTO DA HEMOFILIA NAS ATIVIDADES ESCOLARES, LABORAIS E DE LAZER DE PACIENTES ATENDIDOS NO HEMOCENTRO REGIONAL DE MONTES CLAROS/ MINAS GERAIS
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AG Silvaa, AAG Silverioa, EVR Uriasa,b,c, RUM Júniorc, LF Telesa,b, RA Motab, JWB Salesb, C Portob, RCA Aguiarb,c
a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil
b Fundação Hemominas, Hemocentro Regional de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brasil
c UNIFIPMoc, Montes Claros, MG, Brasil
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Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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Objetivo geral

Avaliar o impacto da hemofilia nas atividades escolares, laborais e de lazer de pacientes atendidos no Hemocentro Regional de Montes Claros/MG. Objetivos específicos: verificar perfil epidemiológico, escolaridade, trabalho, intercorrências e lazer.

Material e métodos

Trata-se de estudo transversal, qualitativo e quantitativo. Foi aplicado questionário e análise de dados de prontuários de 22 pessoas com hemofilia maiores de 18 anos. Os dados tabulados em conjunto foram submetidos a análise estatística.

Resultados

No Hemocentro Regional de Montes Claros estavam cadastrados 71 indivíduos, sendo 45 hemofilia A e 26 hemofilia B. Os pacientes com hemofilia maiores de 18 anos, elegíveis para a pesquisa, somavam 31 indivíduos (21 A e 10 B). Participaram 22, sexo masculino, sendo 15 com hemofilia A e 6 com hemofilia B. A faixa etária variou de 22 à 54 anos. Prevaleceu no grupo pesquisado a escolaridade de segundo grau incompleto (5/22), escolaridade superior (2/ 22), 81,8% não estudam atualmente, 63,6% referem bom relacionamento com colegas, 72,7% bom relacionamento com professores. Sobre a renda média 40,9% informaram que recebem 1 salário mínimo por mês e a renda familiar de 1 salário ocorreu em 22.7%. Possuíam casa própria 68%, atividade remunerada 54,5%, vínculo formal 36,4%, recebem algum benefício 45,5%, possuem plano de saúde 27,6%. Relatam dificuldade para trabalhar 59,1%, principal motivo foi dificuldade para locomoção devido a hemartroses. São solteiros 68,2% e 36,4% tem filhos. Quanto à frequência de sangramentos, a mais relatada hemartroses principalmente de joelhos e cotovelos, outras citados hematomas, sangramentos devido a traumas, epistaxe; 13,6% informam sangramentos toda semana, 27,3% cerca de 1 vez por mês e 31,8% raramente. Relatos de internação devido sangramento ocorreram em 81% dos indivíduos, 1/22 internou várias vezes devido a intercorrências atribuídas à hemofilia. Receberam transfusão de sangue pelo menos uma vez 63,6%. Participam do programa de Dose domiciliar de urgência 50% e recebem fator em programas de profilaxia 36,4%. Houve vários relatos da importância desses programas na qualidade de vida. A necessidade de fisioterapia registrada em 50%. Um paciente apresenta inibidor fator VIII, 3 indivíduos apresentam anti HCV positivo, 1 anti HBc positivo e 1 chagas. Realizam atividade física regular 40,9%, sendo o principal motivo de não praticarem esportes o medo de sangrar. Foi registrado como principal lazer assistir filmes, TV, computador, jogos on line. O lazer que mais gostariam de fazer e não participam foi jogar futebol. Relataram que têm familiares com hemofilia 54,5%.

Discussão

O acesso aos programas de profilaxia, dose domiciliar de urgência e atendimento multiprofissional são muito importantes para esses indivíduos.

Conclusão

Conclui-se que a hemofilia interfere nas atividades escolares, laborais e de lazer. Profilaxia e dose domiciliar minimizam impacto na qualidade de vida de pessoas com hemofilia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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