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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S831 (Outubro 2023)
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GERENCIAMENTO DO USO DE SANGUE EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE GRANDE PORTE DA REDE SUS EM SALVADOR ‒ BAHIA
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IM Lyraa,b, MCQ Oliveiraa, TAO Reisa, LR Pitomboa, RP Souzaa, CMLS Limaa, RC Oliveiraa,b
a Hospital do Subúrbio, Salvador, BA, Brasil
b Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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A transfusão de hemocomponentes é uma prática necessária em ambiente hospitalar e deve ser realizada de forma individualizada e segura. O gerenciamento de uso de sangue do paciente (Patient Blood Management – PBM) é uma abordagem endossada em 2010 pela Assembleia Mundial da Saúde por meio da resolução WHA 63.12, e está listada como um dos objetivos universais da OMS para transfusão segura. A implantação do programa requer um processo educacional multidisciplinar. Este trabalho tem por objetivo descrever os resultados do gerenciamento do uso de sangue em um hospital público de grande porte.

Material e métodos

O projeto foi desenvolvido em um hospital de 313 leitos gerido por Parceria Público Privada (PPP) cujo perfil de atendimento é de urgência e emergência, de alta/média complexidade no período de 2014 a 2023. Especialidades atendidas: pediatria, clínica médica, cirurgia, ortopedia, neurocirurgia, cirurgia vascular e urologia. Três etapas foram realizadas para o estabelecimento do PBM em um período de nove anos. Etapa I ‒ realizado um plano de melhorias junto ao núcleo de qualidade, programa de educação com equipe médica e de enfermagem para uso consciente e politica restritiva de transfusão além da vigilância transfusional. Etapa II ‒ pré PBM – Treinamentos equipe multiprofissional, estabelecimento de gatilho transfusional pelo Comitê Transfusional Hospitalar, intensificação do protocolo de tratamento de anemia Etapa III ‒ Implantação do PBM e gerenciamento dos indicadores: número total de transfusões antes e após PBM por: hemocomponentes em geral e Concentrado de Hemácias (CH), concentrado de hemácias/especialidades, uso de ferro parenteral (nos últimos três anos). Resultados: durante o período houve redução de 45% das transfusões de hemocomponentes em geral, (N-8696 para N-3940), 49% de CH, 29% das transfusões de CH em ortopedia (N-758 para N-222), 52% (893‒436) cirurgia geral e 48% (233‒112) neurocirurgia. Houve incremento do uso de sulfato ferroso em 146%.Conclusões: houve uma redução significativa nas transfusões, maior entendimento da política restritiva por parte da equipe médica bem como tratamento precoce da anemia. O PBM deve ser construído de forma gradual com envolvimento de todo o corpo gestor e assistencial do hospital de forma a se obter uma prática transfusional consciente, segura e centralizada no paciente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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