
As plaquetas são fragmentos celulares originárias dos megacariócitos. São atuantes ativas na formação do tampão mecânico através das reações de adesão, secreção, agregação, fusão e atividade coagulante. Nos laboratórios de análises clínicas do Brasil a liberação do qualitativo e quantitativo das plaquetas faz parte do exame de hemograma. A sua importância clínica é indiscutível, porém, há inadequações no processo de obtenção da amostra sanguínea para a realização do exame que poderá influenciar diretamente nos resultados obtidos, principalmente condicionando a falsas contagens reduzidas. O presente estudo teve como objetivo identificar o impacto do erro pré-analítico de coleta em falsas trombocitopenias em um laboratório de análises clínicas na cidade de Campina Grande. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo e descritivo. Foram incluídos os pacientes atendidos na faixa etária de 0 a 16 anos, com coletas das amostras no período de 10 meses, em ambos os sexos, os quais foram solicitadas novas coletas devido a trombocitopenia. Os resultados obtidos constataram que 65,2% das novas coletas tiveram seus valores alterados de trombocitopenias para plaquetas normais. Em 26,1% foi confirmado os valores baixos de plaquetas. Não aceitaram repetir a punção venosa, 8,7% da população do estudo. Entre os valores que sofreram alterações, 66,7% pertenciam ao sexo masculino. No entanto, os que mantiveram os resultados, 50% estava inserido na população de ambos sexos, femininos e masculinos, não havendo diferença em relação a essa variável na manutenção dos resultados. O conhecimento evidente do erro auxilia na necessidade de estudos com aplicações técnicas por todos os envolvidos, na busca de melhoria da qualidade nas amostras obtidas.