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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S489 (Outubro 2022)
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ELISA E A QUIMIOLUMINESCÊNCIA EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE RETENÇÃO DE AMOSTRAS DOS DOADORES DE SANGUE DO HEMOCENTRO DE JOÃO PESSOA NO PERÍODO DE ABRIL DE 2018 A SETEMBRO DE 2020
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RSRR Pontes, MR Oliveira, RPR Pontes
Hemocentro da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil
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Vol. 44. Núm S2
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Objetivos

A utilização de sangue como alternativa no tratamento da diversas doenças,  tem se caracterizado pelo desenvolvimento de novas tecnologias objetivando reduzir os riscos transfusionais e transmissão de doenças. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os dados comparativos entre os resultados das duas metodologias no que se refere ao índice de retenção sorológica dos doadores de sangue do Hemocentro de João Pessoa na triagem sorológica nos seguintes marcadores obrigatórios, ou seja, Anti-HBC, HbsAg; Anti-HCV; Anti-HIV, Anti-HTLV I/II, Sífilis e Chagas. Estes marcadores foram analisados mediante os resultados obtidos utilizando a metodologia ELISA (Ensaio Imuno Enzimático) entre abril de 2018 a abril de 2019 e, a Quimioluminescência (CLIA) entre setembro de 2019 a setembro de 2020. As amostras com retenção sorológica são repetidas em rotinas distintas e são bloqueadas no sistema Hemovida e impedem a liberação da bolsa de sangue destinada à transfusão.

Material e métodos

Trata-se de uma análise de dados descritivos através da coleta de resultados obtidos do Sistema HEMOVIDA do Hemocentro da Paraíba utilizado para os registros dos exames de triagem dos doadores. Foram analisados os dados do período de abril de 2018 a abril de 2019 onde a metodologia utilizada era ELISA e, setembro de 2019 a setembro de 2020 através da implantação no Hemocentro da Paraíba de uma  nova metodologia, a Quimioluminescência utilizada atualmente. Foram analisadas e avaliadas 43.610 amostras processadas pela tecnologia ELISA e 37.768 na tecnologia de Qumioluminescência, correspondendo, portanto, um total de 81.378 resultados registrados nas rotinas do Laboratório de Sorologia. Os kits utilizados com a metodologia ELISA foram da marca DIASORIN HTLVI+II; ICE SYPHILIS; HIV 1.2.0; ANTI-HBC TOTAL; CHAGAS ELISA III GRUPO BIOS) e BIO-RAD (HCV Ag-Ab ULTRA- V2; MONOLISA HBsAg ULTRA; HIV GENSCREEN ULTRA Ag-Ab) no equipamento Freedom Evolyzer. Os kits da metodologia CLIA foram da marca DIASORIN (LIAISON®anti-HBc; MUREX HCV Ab;  MUREX HBsAg Quant; XL MUREX HIV Ab/Ag HT;  MUREX rec HTLV I/II; MUREX Chagas e reponema Screen, processados no equipamento LIAISON XL.

Resultados

O número de amostras retidas através da metodologia ELISA: Anti - HBC 482 (1,1%);HBSAG 55 (0,13%); Anti-HCV 36 (0,08%); Anti – HIV 67 (0,15%); HTLV 32 (0,07%); CHAGAS 31(0,07%) e Sífilis 469 (1,07%); Na metodologia CLIA foram: Anti - HBC 463 (1,2%);HBSAG 44 (0,12%); Anti-HCV 217 (0,57%); Anti – HIV 227(0,60%); HTLV 85(0,22%); CHAGAS 70 (0,18%) e Sífilis 285(0,75%).

Discussão

Analisando os resultados dentre o total das amostras processadas na metodologia ELISA e Quimioluminescência observa-se que houve maior retenção dos marcadores de HBC, HBsAg e Sífilis no ELISA e para os marcadores pela Quimioluminescência, a maior retenção ocorreu nos marcadores HCV,HIV,HTLV e Chagas. Os resultados demonstram que a análise comparativa permite uma crítica avaliação das tecnologias utilizadas. Observou-se que o percentual de retenção para o HCV, HIV e Chagas foi considerável. Os doadores com retenção são convocados para exames confirmatórios atestando os resultados anteriores, descartando, portanto, os resultados considerados “falsos positivos”.

Conclusão

Diante dos resultados apresentados e, após análise crítica das metodologias utilizadas, consideramos que, apesar de maior retenção apresentada na Quimioluminescência, observou-se que, após a confirmação dos resultados, consideramos que há uma maior sensibilidade e especificidade do novo método, redução dos resultados falso-positivos, como garantia  de uma transfusão mais segura e redução dos riscos de transmissão de doenças.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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