Introdução: Caracterizam-se como coronavírus, vírus constituídos de RNA simples, com subdivisão familiar em alfa, beta, gama e delta-coronavírus, possuintes do potencial de infectividade em animais e seres humanos. Vários são os mecanismos utilizados pelo SARS-CoV-2, para a sua entrada e patogenicidade ao ser humano, sendo essencial, o auxílio da glicoproteína S, útil para a ligação viral com a ECA II da célula hospedeira e consequente aparato para replicação. Pela potencialidade de seu acometimento, várias hipóteses tem sido levantadas, como a sua conceituação como doença de etiologia respiratória ou hematológica. Objetivo: O presente estudo foi elaborado com o objetivo de descrever aspectos imprescindíveis sobre a infecção pelo novo coronavírus, bem como, citar os vieses entre a afirmativa desta como uma doença hematológica ou respiratória. Material e métodos: Foi realizada uma revisão da literatura, de natureza descritiva, elaborado mediante utilização de conteúdos indexados nas bases de dados: Pubmed e SciELO, entre os anos de 2019 e 2020, que após execução dos critérios de inclusão e exclusão, totalizam-se 43 artigos para a composição da presente pesquisa. Resultados e discussão: Os mecanismos de entrada a célula, utilizados pelo SARS-CoV-2, necessitam de proteases que o mesmo possui em sua estrutura, como a tripsina, presente nas vias respiratórias (HAT), a transmembranar serina 2 (TMPRSS2) e a catepsina, estas, com atuação interligada a proteína S, requerente especificamente da ligação com o receptor ECAII. A grande totalidade das implicações clínicas, são descritas, com similaridade as doenças respiratórias, de modo geral, onde, dependendo do grau de acometimento, pode demonstrar, desde um quadro leve, com sintomas gripais, até pneumonias e morte. A hipótese de uma doença hematológica, é objeto de debates, uma vez que, para a multiplicação de um vírus, o mesmo necessitaria do maquinário celular, no entando, as células em maior abundância no tecido sanguíneo, os eritrócito, não possui mitocôndrias ou retículo endoplasmático, impossibilitando o auxílio a replicação viral. Conclusão: O acometimento pela ação do novo coronavírus às vias respiratórias, em especial, aos pulmões, é visto com recorrência, em contrapartida, sua atividade, não se restringe a esse sistema, acometendo outros órgão sinalizadores de ECAII. No que se refere aos efeitos hematológicos, variados são os parâmetros laboratoriais que se alteram, no entanto, não há relatos de infecção do presente vírus em eritrócitos ou quaisquer outras células sanguíneas e o uso destas, para sua replicação. Por se tratar de uma doença atual, a insuficiência de estudos in vivo, não corroboram para a afirmativa de apenas uma das hipóteses levantadas, erguendo assim, um questionamento, para uma resolutiva futura.
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