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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S319 (Outubro 2021)
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DOADORES DE SANGUE COM TIPAGEM DIRETA RHD NEGATIVOS E COM PESQUISA DE D FRACO POSITIVA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS NO HEMOCENTRO REGIONAL DE SANTA MARIA
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SC Corrêaa,b, FZ Limac, MT Guedesa,b, RC Siqueiraa,b, MG Santosa,b, KLV Perdigãoa,b, JB Müllerb,c, PG Schimitesb,c
a Universidade Franciscana (UFN), Santa Maria, RS, Brasil
b Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), Santa Maria, RS, Brasil
c Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Apurar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) com tipagem direta RhD(-) e pesquisa de D fraco (Df) positiva no período de agosto/2016 a julho/2021.

Material e métodos

Foi realizada uma pesquisa observacional retrospectiva, dos últimos 5 anos, através da coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) referentes ao HEMOSM. As amostras de sangue de doadores, tipados como RhD(-), utilizadas para a pesquisa de Df foram coletadas em tubos com anticoagulante EDTA e posteriormente centrifugadas para separação do concentrado de hemácias, empregado para a produção de uma suspensão de hemácias. A técnica empregada para a pesquisa de Df foi a aglutinação-centrifugação. Uma alíquota da suspensão de hemácias RhD(-) foi incubada com soro Anti-D a 37°C por 15 minutos em cartão-gel contendo anticorpos monoclonais antiglobulina humana (AGH). Após a incubação o cartão foi centrifugado a 1000 rpm por 10 minutos. Para este ensaio, caso a pesquisa de Df seja positiva, deve ser realizado controle através do teste de Coombs direto da suspensão das hemácias, que caso seja negativa implica na validação do resultado de D fraco positivo (teste de Coombs positivo invalida o resultado da pesquisa de D fraco nesta metodologia).

Resultados

No período de 5 anos o HEMOSM recebeu doação de 7495 doadores RhD negativos, no entanto para 21 destes doadores a pesquisa de D fraco foi positiva, sendo 9 A (-) Df+, 7 O (-) Df+, 4 B (-) Df+ e apenas 1 AB (-) Df+.

Discussão

Independentemente de apenas 0,28% dos doadores RhD(-) apresentarem baixa expressão e/ou mutações para o antígeno D, a presença deste antígeno, mesmo que pouco expresso na membrana dos eritrócitos, é capaz de sensibilizar receptores RhD(-) Df(-), ou seja, tornar estes pacientes sensibilizados ao antígeno D (através da produção de anticorpos anti-D). Por este motivo, doadores de sangue RhD(-) Df+ são considerados doadores RhD+, enquanto que pacientes RhD(-) Df+ são considerados receptores RhD(-), devendo transfundir apenas hemácias RhD(-) Df(-). Além do antígeno D, outros antígenos do Sistema Rh são pesquisados para que a ocorrência de sensibilização a antígenos não próprios não aconteça, pois, este evento pode implicar na incompatibilidade sanguínea em futuras pesquisas, especialmente para pacientes politransfundidos, mais susceptíveis à sensibilização a antígenos eritrocitários.

Conclusão

A técnica de aglutinação-centrifugação, com emprego de soro Anti-D, na pesquisa de D fraco não diferencia doadores com mutações no antígeno D daqueles que apresentam pouca expressão do antígeno, no entanto, o ensaio é capaz de impedir a sensibilização de receptores ao antígeno D (variantes ou com baixa expressão), sendo esta a maior aplicação e importância dessa pesquisa.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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