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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S918 (outubro 2024)
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COLETA DE CÉLULAS TRONCO DE FONTE PERIFÉRICA POR AFÉRESE EM LACTENTES COM CATETER VENOSO CENTRAL DE 5 FRENCH: RELATO DE DOIS CASOS
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303
VC Fangera, PGG Granjab, DV Barbosab, KCA Sassakib
a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
b Grupo de apoio ao adolescente e à criança com câncer (GRAACC), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

A coleta de células tronco de fonte periférica (CTP) para transplante de medula óssea (TMO) autólogo é um procedimento essencial na oncohematologia pediátrica, embora seja desafiador.

Objetivos

Relatar o caso de duas pacientes pediátricas submetidas à leucoaférese para coleta de CTP com cateter venoso central (CVC) de 5 French .

Relato de caso 1

Menina, 3 meses, com peso de 4,89 kg, com indicação de 3 TMO autólogos para tratamento de tumor teratoide rabdoide. Foi submetida ao procedimento de leucoaférese com CVC femoral duplo lúmen 5fr. Utilizada máquina Spectra Optia , feito prime com 1 unidade de concentrado de hemácias (CH) e iniciado soroterapia com reposição de eletrólitos. Iniciado com taxa de infusão de anticoagulante 1.2, velocidade de entrada 10 ml/min, foi aberta a porta de coleta e aumentada para 1.0 (estava em 0.5). Foi otimizada a proporção de anticoagulante do sistema para 15 e elevada a taxa de infusão de anticoagulante até 2.2, alcançando a velocidade de entrada 12.6ml/min, que foi mantida até o fim do procedimento. Optado por reinfundir 100 ml de hemácias. O Balanço hídrico ao final da coleta foi de +84 ml. Processadas as 6 volemias. Finalizada a coleta com CD34 coletado de 19/kg/receptor.

Relato de caso 2

Menina, 11 meses, peso 7,5 kg, com diagnóstico de tumor teratoide rabdoide, com indicação de 3 TMO autólogos. Estava com CVC 5fr em veia jugular interna direita. Utilizada máquina Spectra Optia , realizado prime com 1 unidade de CH e iniciado soroterapia com reposição de eletrólitos. Iniciado o procedimento de coleta, com porta de 0.5 e proporção de anticoagulante 0.8, aumentada porta de coleta para 1.0 e otimizada proporção de anticoagulante até chegar em 1.9, alcançando velocidade de entrada 18.9 ml/min, que foi mantida até o final do procedimento. Não realizado reinfusão. O balanço hídrico ao final foi de +58ml. Processadas as 6 volemias. Coletado CD34 de 18,84 Kg/receptor.

Discussão

Os principais riscos associados ao procedimento de aférese em pacientes pediátricos são: complicações do CVC, ocorrência de hipocalcemia e risco de descompensação hemodinâmica. A obtenção do acesso vascular periférico para aférese em crianças pequenas é desafiadora. As veias são menores e podem colapsar sob pressão negativa e não é viável utilizar agulhas de grande calibre para manutenção do fluxo.

Conclusão

Apesar das experiências positivas com aféreses de alto volume em pacientes pediátricos de baixo peso e com CVC de menor calibre, o ideal é que seja utilizado cateteres com calibre maior ou igual a 7fr para garantia de êxito no processamento. Nos casos citados, não foi viável a passagem de cateter com calibre superior a 5r devido às limitações técnicas relacionadas ao tamanho das pacientes. Pelo baixo número de relatos de sucesso na literatura com cateteres de calibre inferior a 7fr, não é possível determinar a segurança da aférese neste cenário, fazendo-se necessário novos estudos sobre esta população.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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