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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1119-S1120 (outubro 2024)
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BIOMARCADORES E SEU IMPACTO NO PROGNÓSTICO DAS DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
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MLS Sousa, LAL Frota, GDAC Cavalcante, LBP Leão, CDTM Frota, PHM Souza, AKA Arcanjo, AMLR Portela, LR Portela, MAR Pinheiro
Centro Universitário INTA (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Este trabalho visa explorar a importância dos biomarcadores no prognóstico de doenças hematológicas, como leucemias, linfomas e mielomas múltiplos.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e Web of Science, abrangendo publicações dos últimos cinco anos. Foram incluídos estudos que avaliaram biomarcadores em doenças hematológicas e forneceram dados sobre seu impacto prognóstico.

Resultados

Diversos biomarcadores com relevância prognóstica em doenças hematológicas foram identificados. Na leucemia mieloide aguda (LMA), a mutação FLT3-ITD está associada a um prognóstico desfavorável, maior risco de recidiva e menor sobrevida global. Em contraste, a mutação NPM1 está associada a um melhor prognóstico, desde que ocorra na ausência de mutações FLT3-ITD. No linfoma de Hodgkin, a expressão elevada de CD30 correlaciona-se com uma resposta favorável ao tratamento com anticorpos monoclonais, enquanto a presença do vírus Epstein-Barr (EBV) está associada a um pior prognóstico em adultos, uma vez que promove a transformação maligna de células. No mieloma múltiplo, níveis elevados de beta-2 microglobulina indicam uma maior carga tumoral e pior prognóstico. Por outro lado, a elevação da enzima lactato desidrogenase (LDH) está associada a um comportamento mais agressivo da doença.

Discussão

Os resultados confirmam a importância dos biomarcadores na estratificação de risco e prognóstico de doenças hematológicas. Na leucemia mieloide aguda, a presença da mutação FLT3-ITD direciona para terapias-alvo específicas, enquanto a mutação NPM1 indica melhores respostas à quimioterapia. No linfoma de Hodgkin, a expressão de CD30 é crucial para a seleção de pacientes para tratamento com brentuximab vedotin, um anticorpo monoclonal anti-CD30. A detecção do vírus Epstein-Barr em células tumorais sugere a necessidade de estratégias terapêuticas mais agressivas. No mieloma múltiplo, a beta-2 microglobulina e a LDH são fundamentais para a classificação de risco, sendo biomarcadores essenciais para o planejamento terapêutico. Esses achados destacam a necessidade de integrar a avaliação de biomarcadores na prática clínica para melhorar a precisão do prognóstico e otimizar estratégias terapêuticas, garantindo ao paciente um tratamento adequado as particularidades do seu organismo.

Conclusão

Os biomarcadores desempenham um papel essencial no prognóstico das doenças hematológicas, permitindo uma abordagem mais personalizado e eficaz no tratamento dessas condições. A identificação de mutações genéticas, níveis de proteínas séricas e marcadores virais oferece uma ferramenta valiosa para a classificação de risco e o planejamento terapêutico, contribuindo para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Futuros estudos devem continuar a explorar os novos biomarcadores e validar os existentes, ampliando as opções terapêuticas e aprimorando o manejo clínico das doenças hematológicas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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