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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S572-S573 (Outubro 2022)
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AVALIAÇÃO DO FLUXO SALIVAR E ALTERAÇÕES DO ÍNDICE DE CPOD EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS
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433
GA Ramosa, HS Antunesa, MPV Silvaa, SQC Lourençob
a Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Objetivo

Avaliar a frequência da hipossalivação e alterações nos índices de CPOD em pacientes submetidos ao TCTH.

Materiais e Métodos

Foram incluídos neste estudo unicêntrico de coorte prospectiva 24 pacientes submetidos ao TCTH alogênico, com idade superior a 10 anos, que possuíam 03 amostras de saliva em visitas distintas com um intervalo mínimo de 06 meses, totalizando 72 visitas. Os dados clínicos foram coletados dos prontuários e fichas clínicas e transcritos para o programa Open Clínica. Foram avaliadas as variáveis demográficas e clínicas. A avaliação odontológica para avaliação da presença de lesões orais compatíveis com DECH contemplou avaliação de coloração, forma, volume e textura da mucosa oral e foram atribuídos os escores de acordo com a apresentação das lesões. A classificação do fluxo salivar foi realizada de acordo com Flink et al. (2008).

Resultados

Dos 24 pacientes, 8(33,3%) eram do sexo feminino e 16(66,6%) do sexo masculino. Em relação a doença de base: LLA 8(33,3%), LMA 6(25%), SMD/SMP 3(12,5%), LMC 3(12,5%), AA 2(8,3%), LNH 2(8,3%). Em relação ao tipo de doador 21(87,5%) tiveram doadores aparentados e 3(12,5%) tiveram doadores não aparentados. Em relação a fonte de células tronco, 19(79,1%) foram através da medula óssea e 5(20,8%) através do sangue periférico. Em 30 visitas(41,6%) das 72 visitas os pacientes não apresentavam DECH crônica sistêmica e oral, sendo que em 05 dessas visitas foi observado um fluxo salivar reduzido. Em 22 visitas(30,5%) os pacientes tinham quadro de DECH crônica sistêmica e não apresentavam DECH crônica oral, sendo que 04 apresentavam fluxo salivar reduzido. Em 15 visitas(20,8%) os pacientes apresentavam DECH crônica sistêmica e DECH crônica oral, sendo 06 com o fluxo salivar reduzido. Em 05 visitas(6,9%) apresentavam DECH crônica oral e não apresentavam DECH crônica sistêmica, sendo em todas as visitas o fluxo salivar normal. Ao comparar as 03 visitas de cada paciente foi observado que: 11(45%) pacientes tiveram alterações no número de dentes cariados e obturados; 08(33,3%) não tiveram alterações de dentes cariados perdidos e obturados; 03(12,5%) tiveram alterações no número de dentes obturados; 01(4,1%) teve alteração no número de dentes cariados e 01(4,1%) teve alteração no número de dentes perdidos e cariados. Dos 24 pacientes, 8(33,3%) apresentaram alterações no índice de CPOD e redução do fluxo salivar em pelo menos 01 das visitas.

Discussão

De acordo com os resultados, observamos que a maioria dos pacientes com maior tempo de TCTH alogênico não apresentou hipossalivação, mas devemos considerar que os pacientes em controle de DECH oral podem apresentar alteração no fluxo salivar a longo prazo, o que pode ser um fator complicador para o controle periodontal e do índice de CPOD. Ao analisarmos individualmente estes pacientes, foi possível observar recidivas de cárie mesmo com o acompanhamento odontológico, podendo, este resultado, estar associado a alterações sialoquímicas e sialométricas.

Conclusão

O controle de pacientes após o TCTH deve ser realizado pela equipe odontológica para acompanhar as alterações no fluxo salivar, dos dentes e tecido mole intervindo quando for necessário a fim de minimizar alterações que podem impactar na saúde oral. É necessário que sejam desenvolvidos novos estudos para analisar a longo prazo as alterações dos componentes salivares de pacientes pós TCTH, avaliando estes pacientes semestralmente em casos em que não há DECH crônica.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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