
A plasmaférese destina-se a remoção de componentes celulares derivado do plasma sanguíneo que possam ser substituído com transfusão de plasma de doadores saudáveis quando o paciente possui alguma patologia, moléculas fisiopatologicamente atípicas como autoantígenos circulantes, autoanticorpos, complexos imunes circulantes, proteínas danificadas e toxinas. O volume de plasma retirado é simultaneamente separado por centrifugação, em um circuito extracorpóreo e automatizado com obtenção de ter melhores prognósticos frente à evolução clínica dos pacientes em tratamento. Nesse contexto, o profissional enfermeiro, atuantes nos bancos de sangue nacionais desenvolvem atividades que vão desde o recebimento dos voluntários à doação de forma espontânea, à seleção destes candidatos, o gerenciamento das transfusões de pacientes internados e às terapêuticas via aféreses, conforme os protocolos de cada instituição. Devem, ainda, serem capazes de traçar como prioridade o cuidado humanizado, empregando, como prioridade, a comunicação, empatia e a ética no relacionamento humano.
ObjetivosAnalisar a frequência das principais indicações clínicas de plasmaférese na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco.
Material e métodosTrata-se de um estudo descritivo e retrospectivo utilizando dados secundários registrados no livro de ocorrências do setor de aférese terapêutica do HEMOPE, no período de junho de 2021 a junho de 2022. A população de estudo foram os pacientes internados no serviço e externos que estavam em tratamento de plasmaférese em outros hospitais. A análise de dados foi realizada no programa Microsoft Excel para tabulação das informações.
ResultadosVerificou-se que 45 pacientes foram submetidos às sessões de plasmaférese, dos quais 57,8% eram do sexo feminino e 42,2% do sexo masculino. As principais indicações de tratamento foram: Rejeição de Transplante Renal (42,2%), Neuromielite Óptica (20%), Púrpura Trombocitopênica Trombótica (17,8%), Mielite Transversa (8,9%), Esclerose Múltipla (4,4%), Síndrome de Guillan Barré (2,2%), Polirradiculoneurite pós-vacinal (2,2%) e Doença desmielizante (2,2%).
DiscussãoVerificou-se maior prevalência de plasmaférese na rejeição de transplante renal, que é considerado hoje como a melhor arma terapêutica para os doentes renais crônicos graves, aumentando não só a sobrevida dos pacientes, como também seu prognóstico. Desta forma, recorre-se às aféreses terapêuticas para controlar a rejeição e promover a tolerância do rim. O uso da plasmaférese, nestes casos, diminui a morbimortalidade de pacientes que enfrentam a rejeição do enxerto, pós-transplante renal, devido a remoção de autoanticorpos patogênicos. Verificou-se que os enfermeiros da instituição buscam realizar o acolhimento ao paciente com responsabilidade e compromisso, contribuindo para aumentar a confiança dos clientes no serviço de saúde, proporcionando maior margem de segurança no processo.
Considerações finaisA aférese terapêutica é uma técnica fundamental e complexa que requer treinamento específico, que pode ser realizado pelo enfermeiro, e sua vantagem está na remoção de substâncias solúveis no plasma responsável pela fisiopatologia de várias doenças, sendo indispensável em quadros clínicos com alterações imunológicas.