
A anemia é uma condição patológica que decorre da redução da hemoglobina e da massa eritrocitária. Aproximadamente 50% dos pacientes oncológicos desenvolvem anemia em decorrência do tratamento quimioterápico ou do próprio câncer. Os agentes estimuladores da eritropoiese (AEEs) são medicamentos que regulam a eritropoiese através do receptor de eritropoetina presentes nas células progenitoras BFU-Es e CFU-Es guiando-as até a maturação eritroide. O uso clínico da eritropoietina humana recombinante (rhEPO), em doenças para correção da anemia, está sendo amplamente estudado, devido ao seu potencial terapêutico.
ObjetivosReunir evidências científicas acerca do papel da rhEPO no tratamento das anemias em doenças oncohematológicas, destacando a sua importância e seus benefícios.
Materiais e métodosRealizado levantamento bibliográfico através de pesquisa qualitativa, exploratória, integrativa e transversal, tendo como base de dados o portal Scielo, Google Acadêmico, PubMed e Lilacs, utilizando os seguintes descritores: anemia em pacientes oncológicos, oncohematologia, manifestações clínicas, tratamentos por transfusão sanguínea e tratamentos por eritropoetina recombinante humana. Dos 55 materiais analisados, 21 foram referenciados nos idiomas: português, espanhol, inglês e russo, compreendendo o período de 2002 à 2022. Artigos ou materiais com proposta divergente da temática e em duplicidade foram considerados como critérios de exclusão.
ResultadosA rhEPO é um produto biológico sintético produzido em células de ovário de hamster chinês (CHO) fabricado com tecnologia de DNA recombinante, sendo um componente especializado da assistência farmacêutica desde 2005. É capaz de induzir a produção de células vermelhas e atua como agente estimulador da eritropoiese reduzindo a necessidade transfusional. Embora a transfusão de hemocomponentes seja fundamental para assistência de pacientes clínicos e cirúrgicos, assim como outras intervenções terapêuticas, não é isenta de riscos. A eritropoetina tornou-se um padrão para o tratamento de anemia em pacientes renais crônicos, e tem sido usada com sucesso na anemia secundária à malignidade. Nas anemias associadas ao câncer, seu uso aumenta a hemoglobina prevenindo o surgimento de quadros anêmicos graves.
Discussões: Há evidências científicas importantes, que o uso da eritropoetina humana recombinante no tratamento das anemias em pacientes com distúrbios oncohematológicos, traz muitos benefícios quando comparados a outros tratamentos, sendo uma alternativa promissora capaz de contribuir para uma melhor qualidade de vida desses pacientes. Aumenta a hemoglobina do paciente de forma segura e eficaz, e reduz a necessidade de transfusões sanguíneas e seus riscos.
ConclusõesEm pacientes com distúrbios oncohematológicos, o uso da eritropoetina recombinante humana é eficaz e benéfica quando comparada a outros procedimentos terapêuticos, promovendo qualidade de vida para o paciente, podendo ainda ser combinada com outras terapias. A eritropoetina recombinante humana tem grande potencial terapêutico, necessitando de melhor compreensão de seus mecanismos e mais investimentos em pesquisas.