Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S284 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S284 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES, POR LINFOMA NÃO HODGKIN, NO BRASIL NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
Visitas
322
BR Sampaioa, RSCF Cabanhab, IMH Torresa, JPF Teixeirac, TR Netod, FL Duartee, V Pecinatof, AM Abreuc, GS Tomasg, EMM Costaa
a Centro Universitário de Excelência (UNEX), Feira de Santana, BA, Brasil
b Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, MS, Brasil
c Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
d Universidade Cesumar (UniCesumar), Maringá, PR, Brasil
e Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
f Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI), Rio do Sul, SC, Brasil
g Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

O presente estudo visa avaliar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes internados por linfoma não Hodgkin (LNH) e os custos das internações no Brasil.

Métodos

Realizou-se um estudo de base populacional, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados secundários a partir da plataforma DATASUS do Ministério da Saúde no Sistema de Morbidade Hospitalar. A população analisada foi composta por pacientes internados, no Brasil, no intervalo de maio de 2019 a maio de 2024 em decorrência de LNH. Os dados foram filtrados para análise a partir dos seguintes indicadores epidemiológicos: número total de internações, quantidade por ano e por região, valor total gasto, valor por internação, sexo, raça, faixa etária, número de óbitos e taxa de mortalidade. Por tratar-se de fonte de dados de acesso público, o estudo não necessitou de aprovação pelo comitê de ética em pesquisa e humanos.

Resultados

Foram registradas 89.160 internações por LNH, acarretando em uma média de 17.832 casos/ano. Houve um aumento crescente de casos entre os anos, sendo que 2023 foi o que obteve maior número de registros com 18.246 casos (20,46%), seguido pelo de 2022 com 17.227 (19,32%) e 2021 com 17.131 (19,21%). Até o período analisado, do ano 2024, foram registrados 6.478 casos. Quando analisadas as regiões, houve maior prevalência na região Sudeste com 41.898 (46,99%), seguido região Nordeste com 19.277 (21,62%), Sul com 18.746 (21,02%) Centro-oeste com 5.634 (6,31%) e Norte com 3.608 (4,04%). Houve um predomínio do sexo masculino registrando um total de 52.833 casos (59,25%). Quanto à faixa etária, a mais acometida foi entre 60 a 69 anos com 17.387 (19,5%), seguida pela de 50 a 59 anos com 15.481 (17,36%) e 40 a 49 anos com 11.365 (12,74%). Enquanto a menos acometida foram aqueles com menos de um ano registrando 98 (0,1%) casos. A raça com maior número de pacientes foi a branca com 41.485 e parda com 34.364 e 8.015 casos sem informação. O tempo médio de internação foi de 7,3 dias, independentemente se enfermaria ou UTI, totalizando um custo de R$199.911.943,97 reais gastos e uma média de R$2.242,10 por internação. Dentre os pacientes internados, 7.313 foram a óbito, apresentando uma taxa de mortalidade de 8,20%.

Discussão

A tendência crescente de casos evidencia um desafio para o SUS tendo em vista que trata-se de uma doença que despende elevado gasto público em sua intervenção, sendo importante o conhecimento, sobretudo, daqueles acometidos por essa doença, com intuito de melhorar a qualidade de vida destes e minorar, também, os gastos governamentais. Ademais, os achados encontrados evidenciam uma maior prevalência de internações entre homens, brancos, com mais de 60 anos e poucos registros de casos na população pediátrica.

Conclusão

Com o aumento das internações é importante o monitoramento constante da incidência deste tipo de neoplasia com o fito de criar políticas públicas de prevenção e rastreio deste tipo de linfoma. Além disso, com os dados da distribuição regional das internações, é possível planejar melhor a alocação de recursos para o manejo dos pacientes e diminuição de disparidades regionais. Por conseguinte, é fundamental que haja o diagnóstico precoce dos LNH, a fim de iniciar rapidamente o tratamento dos pacientes buscando um melhor prognóstico e um desfecho clínico mais favorável.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas