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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2223
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ANÁLISE DE SOBREVIDA DE PACIENTES COM TROMBOCITEMIA ESSENCIAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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HM Teano, AdOG Golineli, BPG Santos, MDdST Pincinato, MM Ribeiro, NS Hayashi, VdA Bastos, LN Melo
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Trombocitemia essencial (TE) é uma doença mieloproliferativa crônica (DMPC) de plaquetose clonal.1 Trata-se de um diagnóstico de exclusão. Sua clínica corresponde a hemorragias, tromboses e alterações vasomotoras.1 Em pequena porcentagem de pacientes, pode evoluir em leucemia ou mielofibrose pós- TE¹. Apesar de ser a DMPC BCR::ABL1 negativa de melhor prognóstico,1 a análise da sobrevida ainda é essencial para decisões clínicas e políticas públicas.

Objetivos

Estimar a sobrevida de pacientes com trombocitemia essencial no Estado de São Paulo.

Material e métodos

Este estudo descritivo usou dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do Estado de São Paulo, coordenado pela FOSP, com dados públicos e anonimizados, dispensando aprovação ética. Foram incluídos pacientes residentes no Estado de São Paulo com diagnóstico de trombocitemia essencial entre 2000 e 2024, garantindo amostra e tempo adequados para análise. A sobrevida foi calculada do diagnóstico até a última informação disponível, considerando óbito como evento. A análise foi realizada no RStudio utilizando curvas de Kaplan-Meier para estimar a sobrevida geral e estratificada por sexo e faixa etária.

Discussão e conclusão

A amostra contém 986 pacientes diagnosticados com TE acompanhados por 15 anos. A probabilidade geral de sobrevida no tempo inicial era de 100% (IC95%: 100-100), com uma leve queda para 98,59% (IC95%: 97,59-99,18) no primeiro ano, seguindo um declínio gradual para 92,64 (IC95%: 90,49-94,31) em 5 anos, 85,77% (IC95%: 82,45-88,50) em 10 anos, até 80,32% (IC95%: 75,03-84,60) ao final do período. Analisando por sexo, ambos mantêm uma tendência semelhante, com o masculino terminando em 78,93% (IC95%: 72,51-85,92) e o feminino, em 81,11% (IC95%: 75,03-87,68). Por faixas etárias, o grupo de 0- 19 anos apresentou a maior sobrevida, mantendo-se em 100% (IC95%: 100-100) até o final. Já o grupo com 60 anos ou mais teve a menor sobrevida, começando em 100% (IC95%: 100-100), em 98,13% (IC95%: 96,99-99,29) no primeiro ano e em 66,88% (IC95%: 57,48-77,82) ao final. Considerando o período de 15 anos analisado, a taxa de sobrevida global estimada foi de 80,32%. Pacientes do sexo feminino apresentaram leve vantagem (81,11%) em relação aos homens (78,93%). Os estratos por faixa etária também se mostraram relevantes: enquanto o grupo de 0 a 19 anos manteve 100% de sobrevida, o grupo de 60 anos ou mais teve apenas 66,88% ao final. Tais achados demonstram a necessidade do fomento de políticas públicas para melhor entendimento da dinâmica de evolução hospitalar da TE, abrindo margem para um melhor gerenciamento de recursos e ações mais eficazes no controle e tratamento da doença.

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Referência:

Tefferi A. Essential thrombocythemia: treatment and prognosis. In: Post TW, editor. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate; 2025. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/essential-thrombocythemia-treatment-and-prognosis. [Accessado 11 Ago 2025].

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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