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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 141 (novembro 2020)
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237
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ANÁLISE DA SOBREVIDA DE PACIENTES COM LEUCEMIA AGUDA ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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T.M.M. Oliveiraa, M.F.L.D. Santosa, A.M.G. Oliveiraa, I.C. Azevedob, L.K.B.A. Santosa, M.C.F.D. Santosa, R.D.A. Soaresa
a Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
b Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Introdução: A incidência, prevalência e morbidade por doenças hematológicas tem apresentado significativo aumento em todo mundo. A evolução e a estimativa da sobrevida da doença devem ser acompanhadas e necessitam de investigação. Diante desse contexto, o presente estudo objetiva estabelecer a sobrevida de pacientes portadores de leucemia aguda em um hospital universitário e construir um banco de dados com informações referentes ao acompanhamento do tratamento dos referidos pacientes. Material e métodos: estudo de abordagem quantitativa, do tipo coorte, retrospectivo, descritivo e analítico. Foram coletados dados retrospectivos documentais de todos os pacientes com diagnóstico de leucemia aguda entre janeiro de 2013 e julho de 2020, através de prontuário e sistema de registro de óbito, do Hospital Universitário Onofre Lopes, no estado do Rio Grande do Norte. Os dados coletados foram tabulados por meio do programa Microsoft Excel® 2017. Os cálculos de sobrevida foram realizados pelo método de Kaplan-Meier, o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Avaliamos 78 pacientes, dos quais a sobrevida global em três anos foi de 18,9%. A maior incidência, do período estudado, foi no ano de 2016, com 18 pacientes diagnosticados. As informações de sobrevida foram organizadas através da construção de um banco de dados em planilha online para acompanhamento dos pacientes. Discussão: Neste estudo, não foi discriminado o tipo de leucemia aguda para análise da sobrevida. Observamos que há uma rápida evolução da mesma, independente do tipo, podendo levar a óbito em poucos dias. Na literatura internacional, há relatos de cura em cerca de 70% das leucemias em geral. Por outro lado, para pacientes diagnosticados no nosso hospital, os dados indicam cura em apenas cerca de 10% deles. O diagnóstico tardio, a ausência de classificação de risco e o tratamento de suporte inadequado são apontados como os fatores responsáveis pela maior mortalidade dos pacientes usuários do SUS. Conclusão: Pacientes diagnosticados e tratados no SUS em Natal/RN tem uma baixa probabilidade de sobrevida a longo prazo. Devido ao baixo número de publicações referentes a sobrevida de pacientes com leucemias agudas, torna-se difícil a comparação dos nossos resultados com os de outros países. A adoção de uma abordagem integrada e ágil pode melhorar a sobrevida do paciente. Dessa forma, sugere-se a implantação de uma linha de cuidado em leucemia aguda com ações integradas e coordenadas em todas as fases de acompanhamento do paciente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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