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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S90-S91 (Outubro 2022)
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A PREVENÇÃO DEVE SER A MELHOR ESTRATÉGIA PARA ENFRENTAR A LEUCEMIA/LINFOMA DE CÉLULAS-T DE ADULTO DO PROJETO T-CELL BRASIL
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C Chiattonea,b, E Mirandac, Y Gonzagad, M Diase, MA Salvinoe, RLR Baptistaf,g, D Bortucchih, T Christofolettih, G Dufflesc, M Bellessoi, J Pereiraj, SAB Brasilb, NS Castrok, KZ Cecynl, R Schaffelm, JV Tavaresn, VLP Figueiredoo, FL Nogueirap, NAHL Silvap, GF Silvaq..., AD Cunha-Juniorr, R Gaiollas, FB Duartet, RR Souzat, A Hallack-Netou, A Cordeirov, YS Rabelow, MT Delamainx, M Federicoy, CA SouzacVer más
a Hospital Samaritano, São Paulo, SP, Brasil
b Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
c Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
d Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
e Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
f Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
g Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
h Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
i Hemomed, Instituto de Estudos e Pesquisas São Lucas (IEP), São Paulo, SP, Brasil
j Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
k Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil
l Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
m Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
n Hospital Ophir Loyola (HOL), Belém, PA, Brasil
o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil
p Hospital Luxemburgo, Instituto Mario Penna, Belo Horizonte, MG, Brasil
q Hospital Aldenora Bello, São Luís, MA, Brasil
r Hospital de Câncer de Cascavel, União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (UOPECCAN), Cascavel, PR, Brasil
s Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
t Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
u Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
v AC Camargo Câncer Center, São Paulo, SP, Brasil
w Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
x Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), Belo Horizonte, MG, Brasil
y University of Modena and Reggio Emília, Modena, Italy
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Introdução

A leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) é um tipo agressivo e raro de doença linfoproliferativa, que afeta apenas pessoas que possuem um vírus denominado “vírus linfotrópico T humano tipo 1” (HTLV-1). A ATL se desenvolve em apenas uma em cada 20 pessoas com HTLV-1, podendo levar décadas após serem infectadas com o vírus, apenas os portadores com alta carga viral correm o risco de desenvolver ATL. Classifica-se em formas: aguda, crônica, linfomatosa e indolente. Objetivos: Descrever as características demográficas e clínicas, analisar a sobrevida global (SG) e a livre de progressão (SLP) e ainda tentar identificar possíveis fatores que poderiam influenciar nos resultados dos pacientes com ATL.

Métodos

o Projeto T-cell Brasil começou em abril de 2017 um estudo ambispectivo com o foco principal de coletar dados clínicos e epidemiológicos dos subtipos mais frequentes de Linfoma de células T periférico (PTCL), e entre estes está ATL. Para a coleta de dados está sendo usado a plataforma REDcap desenvolvida pela Vanderbilt. Análises descritivas e bivariadas foram realizadas, depois se aplicou o método Kaplan-Meier e o teste log-rank para obter as estimativas das sobrevidas. Além disso, foi aplicada a Regressão de Cox para identificar qualquer fator que pudesse influenciar a SG e a SLP.

Resultados

Em julho de 2022 o banco de dados geral tinha 520 casos avaliáveis e destes 81 (16%) eram ATL. A mediana de idade era de 52 anos (24-91) e 39% masculino. Os subtipos clínicos apresentados eram 52% linfomatoso, 32% agudo, 12% crônico e 4% indolente. Os estádios avançados (Ann Arbor III-IV) estavam presentes em 86% dos casos, 54% tiveram sintomas B e 12% envolvimento no SNC. Na terapia de 1ªlinha de tratamento, 13.5% receberam Interferon isolado e 31% associados com alguma quimioterapia. Os regimes baseados em antraciclinas foram usados em 81% dos casos (43% CHOEP; 39% CHOP; 18% outros) e 5% usaram radioterapia. Como consolidação, 4 casos (subtipo linfomatoso) foram submetidos ao transplante alogênico. A melhor resposta obtida foi 31% progressão ou sem resposta; 26% resposta completa, 21% parcial, 14% não avaliado (NA) por morte precoce ou durante tratamento; 3% NA por estarem tratando e 4% indolentes (sem tratamento). Após uma média de seguimento de 16 meses (DP±18), 34% dos pacientes estão vivos. Em 24 meses de SG e SLP as taxas foram de 33% e 21%, respectivamente; e por subtipos a SG foi de 100% indolente; 87% crônico; 28% linfomatoso e 17% agudo, enquanto para SLP foi 100%, 45%, 15% e 10%, (ambas as curvas, P = 0.005) (Figura 1.A-B-C). Como fatores preditores tanto para SLP como para SG foram os sintomas B e os valores elevados de DHL.

Conclusão

Embora com a limitação do tamanho amostral, o estudo confirma o prognóstico ruim da ATL, principalmente nos subtipos agudo e linfomatoso, com altas taxas de mortalidade. Assim, aparentemente, na ausência de tratamentos efetivos, uma boa saída, talvez seja focar nos portadores com alta carga viral que teriam maior chance de desenvolver a ATL e, então, estabelecer uma intervenção preventiva.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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