
A comunicação paliativa é um componente essencial da assistência a pacientes com doenças terminais, busca proporcionar conforto e dignidade aos pacientes e seus familiares. A comunicação adequada pode ajudar a gerenciar sintomas, fornecer informações precisas sobre o prognóstico, além de permitir que o paciente expresse seus desejos e necessidades. No entanto, a falta de habilidades em comunicação pode levar a conflitos, ansiedade e desconforto para os pacientes e seus familiares, e pode afetar negativamente a qualidade da assistência prestada (Campos; Silva; Silva, 2019). A comunicação paliativa é uma prática que envolve não apenas habilidades técnicas, mas também sensibilidade, empatia e compaixão por parte dos profissionais de saúde. Além disso, é um processo dinâmico e contínuo que envolve pacientes, familiares e equipe, e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes (Campos; Silva; Silva, 2019). Conhecer as estratégias de comunicação paliativa mais eficazes e identificar possíveis barreiras para sua implementação pode ajudar a melhorar a assistência dos pacientes e promover um cuidado mais efetivo e respeitoso. Do mesmo modo, abordar a temática significa disponibilizar informações úteis para os profissionais da assistência a pacientes com doenças ameaçadoras da vida, de forma a estimular intervenções mais humanizadas e centradas no paciente.
ObjetivoA presente revisão bibliográfica teve o objetivo de analisar a importância da comunicação paliativa na assistência a pacientes que enfrentam doenças ameaçadoras da vida.
MetodologiaO estudo foi realizado mediante uma pesquisa bibliográfica, no formato de revisão narrativa, com acesso a publicações disponibilizadas na BVS, em língua portuguesa, e publicadas nos últimos 3 anos. Como metodologia, foi realizada uma busca utilizando palavras-chave relacionadas à comunicação paliativa e assistência a pacientes com doenças terminais.
ResultadosNo total, foram encontrados cinco textos relacionados ao tema proposto os quais abordavam diversos aspectos da comunicação paliativa, destacando a importância de protocolos claros e eficazes para orientar a prática das equipes de saúde, os artigos são: “Planejamento antecipado de cuidados: guia prático”; ”A comunicação na promoção da dignidade em cuidados paliativos: desafios para a enfermagem”; ”Simulação realística como ferramenta de ensino na comunicação de situação crítica em cuidados paliativos”; ”Comunicação em cuidados paliativos: equipe, paciente e família”; ”A Perspectiva dos terapeutas da fala sobre a sua intervenção numa equipa de cuidados paliativos”.
DiscussãoA partir da análise dos artigos, torna-se evidente a importância dessa temática no contexto da assistência ao fim de vida. A comunicação adequada e empática entre profissionais, pacientes e familiares desempenha um papel fundamental na promoção da dignidade, no estabelecimento de vínculos e na tomada de decisões compartilhadas. Os estudos destacam a necessidade de abordagem multidisciplinar, reconhecendo as competências específicas de cada profissional envolvido nos cuidados paliativos. A presença de enfermeiros, médicos, psicólogos e assistentes sociais é fundamental para atender às necessidades físicas, emocionais, espirituais e de comunicação dos pacientes e suas famílias. A implementação do planejamento antecipado de cuidados é ressaltada como uma prática fundamental, permitindo discussões entre profissionais e pacientes para decisões compartilhadas. A disponibilidade de protocolos claros e eficazes para orientar as equipes de saúde é fundamental para garantir que a comunicação seja clara, honesta e adaptada às necessidades individuais de cada paciente.