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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S763 (outubro 2024)
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A BUSCA ATIVA DE DOADORES COM REAÇÃO ADVERSA COMO FERRAMENTA PARA O RETORNO À DOAÇÃO SANGUE
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494
EAS Moraes, F Akil, JCS Junior, VG Silva, FS Barros
Grupo GSH, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Identificar a taxa de retorno dos doadores de sangue que apresentaram reação adversa na última doação, após implantação do processo de Busca Ativa.

Material e métodos

Estudo de um único centro, retrospectivo, observacional e transversal a partir de dados secundários extraídos do sistema informatizado do Banco de Sangue GSH da unidade Recife-PE e registros em livro de passagem de plantão. A Busca Ativa foi implantada em 2022 pela equipe de enfermagem do Banco de Sangue, através do contato telefônico ou aplicativo de mensagens instantâneas, nas 24h após a reação adversa para acompanhamento do desfecho clínico. Os dados do período de janeiro a dezembro de 2023 foram analisados de maneira descritiva, através de frequências absolutas e percentuais e apresentados em tabelas e gráficos.

Resultados

No período do estudo, houve a coleta de 22.650 bolsas de sangue total e aférese, em que 98 (0,43%) apresentaram reação adversa à doação de sangue. Esses doadores eram na maioria do sexo feminino (65%), com mediana de idade de 29 anos (16 a 60 anos), doações de primeira vez (57%) e predomínio de doação de sangue total (96%). A reação adversa mais comum foi a vasovagal sem perda de consciência (93%), ainda na sala de coleta (88%), em doadores sem histórico de intercorrências prévias (100%). A Busca Ativa não foi possível em apenas 9 (9%) doadores e o principal recurso utilizado foi o contato telefônico (80%). Todas as reações adversas estavam resolvidas no momento da Busca Ativa e 19% dos doadores retornaram ao Banco de Sangue para uma nova doação, sendo 1 doador de aférese e 18 de sangue total.

Discussão

A maioria dos doadores de sangue tem uma boa experiência. Entretanto, a possibilidade de reação adversa existe e mesmo que sua incidência seja baixa, ela pode desencorajar uma nova doação. No estudo, a incidência de reação adversa foi baixa e a reação vasovagal foi o tipo mais frequente. A taxa de retorno do doador foi boa e a satisfação do doador foi evidenciada durante o contato telefônico. Entretanto, melhorias no processo são interessantes, através da implantação de recursos adicionais, como compartilhamento de textos por e-mail, em que a temática seja as preocupações comuns desse doador, com intuito de fortalecer o seu acolhimento.

Conclusão

A taxa de retorno dos doadores de sangue, após a implantação da Busca Ativa, foi boa, porém ajustes no processo podem aumentar a taxa de retorno para doações subsequentes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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