Introdução: O linfoma de Hodgkin clássico(LHc) recidivado/refratário(rr), quimioresistente é um desafio na prática clínica; uma opção terapêutica são as novas drogas como anti-CD30 e os inibidores de PD1, na tentativa de obtenção de melhor resposta pré transplante. O transplante alogênico de CTH(células tronco hematopoieticas) permanece como única opção terapêutica curativa. Entretanto a indicação do transplante alogênico é limitada por sua complexidade e alta toxicidade. Neste cenário, a escolha pela continuidade da terapia imunológica, ou mesmo a indicação do transplante autólogo são pontos controversos. Objetivo: Descrever 4 casos de LHc rr, quimioresistentes, com resposta parcial ou completa após uso de anti-CD30 e/ou anti-PD1, e que posteriormente foram submetidos ao TCTH autólogo. Material e métodos: Caso 1: BSG, 26 anos, feminino, negra, solteira, LHc IIBX, iniciou ABVD (Adriamicina, Bleomicina, Vimblastina e Dacarbazina), sem resposta, com uso de várias linhas de tratamento: DHAP (Cisplatina, Citarabina e Dexametazona), IGEV (Ifosfamida, Gemcitabina, Vinorelbina, Prednisolona), ICE (Ifosfamida, Etoposídeo, Carboplatina), GMOX(Gemcitabina e Oxaliplatina), Brentuximab Vedotina(BV), Nivolumab. Em 2ª remissão completa (RC), indicado TCTH autólogo, condicionamento LEAM (Lomustina, Etoposídeo, Citarabina, Melfalano), mieloablativo, infusão de CTH (2,08 x 106 CD34/kg), enxertia leucocitária(EL) no D+11. Atualmente no D+178 pós TCTH, em RC. Caso 2: MPPA, 28 anos, feminino, branca, solteira, LHc IVBS, iniciou ABVD, sem resposta, fez GMOX, BV, Nivolumab, com RC. Submetida ao TCTH autólogo, condicionamento BUMEL (Busulfano, Melfalano), mieloablativo, infusão de CTH (2,77 x 106 CD34+/kg), EL no D+11. Atualmente no D+478, em RC. Caso 3: SGFS, 20 anos, feminino, branca, solteira, LHc II-B, iniciou AVD(Adriamicina, Vimblastina e Dacarbazina), sem resposta, fez DHAP, IGEV, BV, BV/GEMOX, BV/ESHAP (Etoposideo, Citarabina, Cisplatina), Nivolumab. Fez radioterapia em região cervical D, 30 cGy. Em RC, submetida ao TCTH autólogo, condicionamento LEAM, infusão de CTH (8,4 x 106 CD34/kg), EL no D+9. Atualmente no d+73 em RC. Caso 4: SWZN, 22 anos, feminino, branca, solteira, LHc IVBEX, iniciou ABVD, sem resposta, fez DHAP, IGEV, GMOX, GMOX/BV, com RC. Nova progressão, uso BV, com resposta parcial. Realizou TCTH autólogo, condicionamento BUMEL, mieoablativo, infusão de CTH (2,3 x 106 CD34/kg), EL no D+11. Realizou manutenção com BV, protocolo AETHERA, 13 ciclos até o momento, mantendo RC, no D+485 pós TCTH autólogo. Discussão/Conclusão: O objetivo do tratamento de pacientes com LHc rr é o controle da doença a longo prazo, com limitações de toxicidades e complicações. Atualmente a opção de tratamento com novas drogas (anti-CD30 e inibidores de PD1) mostram excelentes resultados, porém, a resposta não é durável. Nossa experiência mostrou uma evolução positiva pós TCTH autólogo, permanecendo 4 pacientes em RC (com variação de +73 à +485 dias). Acreditamos que estudos multicêntricos, randomizados, comparando as duas modalidades de TCTH poderão responder essa questão.
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