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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S497 (October 2023)
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HEMO 2023
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RELATO DE CASO DE FARMACODERMIA POR RIVAROXABANA EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE SÃO PAULO NO ANO DE 2022
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ITA Sussuarana, AG Delgadillo, LCF Werdo, BL Bedin
Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

O Tromboembolismo Venoso (TEV), em que se inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP) e a Embolia Pulmonar (EP), representa uma entidade clínica grave, com alta morbimortalidade, os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs), que inibem diretamente a atividade enzimática da trombina e fator Xa são os agentes recentes no mercado farmacêutico na conduta terapêutica dos tromboembolismos, estes, de posologia e administração simplificada, geraram benefício na redução do tempo de internação, além de menor risco de sangramento e menor risco de interações medicamentosas, em relação aos cumarínicos, porém, como todo medicamento, possui efeitos adversos, reações cutâneas adversas foram descritas em 1%‒2%, e são consideradas imprevisíveis, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de hipersensibilidade a rivaroxabana.

Relato de caso

Paciente feminino, de 44 anos, tabagista ativa 45 anos-maço, IMC de 40 e história prévia de tromboflebite de repetição, infecção leve pelo COVID-19 em janeiro 2022, vacinação COVID-19 3 doses (última dose realizada em fevereiro 2022); fez uso de medroxiprogesterona em dezembro de 2021, nega alergias, desenvolve um quadro de dispneia súbita, diagnosticado como Tromboembolismo Pulmonar (TEP) de risco moderado e TVP em membro inferior esquerdo, inicia anticoagulação plena, em leito de cuidados intensivos, com heparina de baixo peso molecular, enoxaparina, haja vista clearence de creatinina preservado. Após início de anticoagulação e manutenção de estabilidade clínica, paciente é encaminhada à enfermaria clínica. Discutido propostas de anticoagulação à nível domiciliar, riscos e benefícios dos NOACs e anticoagulante cumarínico (Varfarina). Optado pelo uso da Rivaroxabana, recebe alta hospitalar com plano terapêutico seguindo protocolo de TEV. No 5º dia pós alta, paciente retorna ao serviço referindo ter iniciado alergia 48h após introdução de rivaroxavana. Desenvolvendo rash cutâneo generalizado associado à prurido e edema, mais acentuado em hemicorpo esquerdo; relatado suspensão de rivaroxabana no dia anterior ao atendimento. Paciente não apresentava sintomas e/ou sinais de sangramento. Sem relato de realização de viagens, ingesta de alimentos, contato com animais, picada de insetos nesse ínterim entre desospitalização e retorno à consulta. Discutido caso com equipe da cardiologia e alergologia, optado em realizar troca de NOACs; suspenso rivaroxabana e introduzido edoxabana 24h após suspensão. Além disso, realizado prescrição de corticoide oral e anti-histamínico para controles de sintomatologia. Realizada monitorização remota acerca de possíveis sinais de sangramento e de piora de quadro alérgico. Paciente retorna à reavaliação após 1 semana, com melhora de rash, edema, eritema e prurido, iniciado desmame de corticoide e programado avaliação da dermatologia para acompanhamento conjunto.

Conclusão

Os novos anticoagulantes orais, no geral, têm se mostrado eficazes e seguros para tratamento de tromboembolismo venoso. Embora a hipersensibilidade tenha sido um efeito colateral relativamente raro, como relatado, há casos, que será necessário a substituição de princípio ativo, ou até mesmo classe medicamentosa, pesando risco benefício ao paciente. A rivaroxabana parece não apresentar reação cruzada com outros inibidores do fator Xa. Posto isso, a individualização de plano terapêutico e horizontalidade no cuidado são essenciais para a assistência adequada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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