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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S646 (October 2023)
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REAÇÃO PÓS-DOAÇÃO DE SANGUE DOS DOADORES DA FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA
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Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

São consideradas reações pós-doação as decorrentes de resposta não intencional do doador, associada a variáveis como gênero, idade, peso, índice de massa corpórea, volume de sangue estimado a ser coletado, doadores de primeira vez, aspectos das condições fisiológicas do doador, bem como aspectos anatômicos do sítio de inserção da agulha no processo de coleta pelo flebotomista.

Objetivo

Identificar os principais tipos de reações pós-doação ocorridas nos doadores de sangue que compareceram à Fundação Hemocentro de Brasília - FHB nos anos de 2018 a 2022.

Material e Métodos

Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos do sistema SistHemo. As variáveis analisadas foram aptidão para doação, gênero, frequência de doação, tipo de doador, faixa etária dos doadores e motivos de inaptidão para doação. A consulta ao sistema foi realizada em 26 de maio de 2023. A tabulação das informações foi feita utilizando-se os softwares Microsoft Excel e R Core Team (2023).

Resultados

O estudo apontou que, em 2018, 486 pessoas tiveram reação pós-doação, sendo 85,2% leves, 13,4% moderadas e 1,4% graves. Nos anos seguintes, o número de doadores que apresentou reação aumentou consideravelmente, sendo 1.090 em 2019, 2.008 em 2020, 2.052 em 2021 e 1.904 em 2022. No entanto, a maior parte das reações foi do tipo leve, correspondendo a 91,06% do total de reações registradas nos períodos avaliados (2018 a 2022). Enquanto 8,71% das reações foram moderadas e apenas 0,23% graves. Observou-se um acréscimo expressivo no número de reações leves entre 2018, 2019 e 2020 (414, 913 e 1.822, respectivamente. Em 2021 e 2022 já não houve uma variação tão grande (1.923 e 1.794, respectivamente). As reações moderadas começaram com 65 casos em 2018, atingiram 180 em 2020 e reduziram para 110 em 2022. O número de reações graves foi pequeno em todos os períodos.

Discussão

No que tange às reações sistêmicas, a mais comum é a reação vaso vagal que pode ocasionar hipovolemia e fadiga. Quanto ao tipo, as reações são classificadas como leves, moderadas e graves. As reações leves apresentam sintoma local e não impedem o doador de exercer atividades habituais, apresentando reações sistêmicas, em que o tempo de recuperação é menor que 30 minutos, com sintomas subjetivos (tonturas, náuseas e palidez). As moderadas consistem em reações locais que impedem o doador de exercer atividades cotidianas que podem persistir por mais de duas semanas ou mesmo reações sistêmicas com sintomas como perda da consciência, hipotensão arterial, necessitando de reposição volêmica. As reações consideradas graves necessitam de hospitalização ou intervenção para evitar danos permanentes e decorrem principalmente de reação vaso vagal, podendo ocorrer dor torácica e lesões no braço. As principais reações pós-doação encontradas no estudo foram agrupadas em 16 categorias, sendo que as de maior interesse estão relacionadas aos motivos tontura, mal-estar, hipotensão, síncope/desmaio, perda de consciência e convulsão. Considerando os motivos elencados, destacaram-se tontura com 96,1% dessa reação classificadas como leves. O motivo mal-estar apresentou 90,5% leves. Do motivo hipotensão, 85,8% foram leves, 13,5% moderadas e 0,7% graves. Da categoria “sincope/desmaio”, 48,5% foram leves, 49,4% moderadas e 2,1% ocorrências graves. Do motivo perda de consciência, 74,5% destas foram moderadas, 24% leves e 1,5% graves. Do motivo convulsão, 85,7% das ocorrências foram moderadas.

Conclusão

Informações quanto às reações pós-doação balizam os cuidados que devem ser aplicados, sendo de extrema importância, pois são fundamentais para mitigar as intercorrencias que acabam por interromper o processo de doação do sangue.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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