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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S998-S999 (October 2023)
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HEMO 2023
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PROTOCOLOS CLÍNICOS EM BETA-TALASSEMIA
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LAB Faria, FM Lima, JVDS Bianchi
Centro Universitário São Camilo (CUSC), São Camilo, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivos

Este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento estatístico sobre os principais protocolos de pesquisa clínica, utilizando o banco de dados do Clinical Trials, envolvendo terapia gênica em pacientes com beta-talassemia. Pacientes portadores de talassemias, principalmente com o quadro de beta-talassemia major, sofrem de uma expectativa de vida baixa, considerando os atuais tratamentos, sendo o transplante de células-tronco alogênicas de difícil compatibilidade doador-receptor. A nova técnica da terapia gênica vem sendo estudada e utilizada para a cura da beta-talassemia major. e consiste em um tratamento que tem como objetivo corrigir as 4 principais mutações encontradas nos genes HBB, localizados no cromossomo 11, responsáveis pela síntese da cadeia beta da hemoglobina (CD39, IVS-I-1-110, IVS-I-1 e IVS-I-6). Por meio de diferentes vetores, é realizada a inserção de uma cópia sadia do gene que codifica a beta globina nas células dos pacientes com o intuito de substituir o gene que carrega a mutação.

Materiais e métodos

Foi aplicado um filtro de pesquisa avançada na plataforma clinical trials, utilizando os termos “beta talassemia major and gene therapy”, resultando em 27 estudos. Foi aplicado outro filtro na plataforma NCBI, com os mesmos termos, e filtro para publicações no PubMed e estudos correspondentes no Clinical Trials, permanecendo apenas aqueles onde o NCT dos estudos clínicos correspondiam a aqueles do primeiro filtro aplicado. Excluindo estudos onde o tratamento era por meio de medicamento, e não por terapia gênica, 7 estudos foram incluídos no trabalho.

Resultados

Dentro dos 7 estudos incluídos, 4 tinham como intervenção à transdução de células CD34+ com o vetor LentiGlobin BB305, capaz de codificar a hemoglobina A, 1 estudo envolvendo o vetor Lentiviral GLOBE e 1 o vetor TNS9.3.55, onde em ambas as células-tronco hematopoiéticas vão ser transduzidas para codificar o gene β, e 1 utilizando o vetor CTX001, visando aumentar a hemoglobina fetal.

Discussão

Nos estudos presentes, foi avaliada a eficácia partindo do número de cópias por vetor (VCN), eficaz para se integrar no DNA do paciente, onde se espera uma mediana maior que 0,3 VCN, para alcançar uma diminuição na necessidade transfusional entre genótipos leves, mas variando entre os estudos conforme mutação genética e idade. Entre eles, foi possível uma comparação entre os VCN utilizando o vetor GLOBE, onde teve a marcação igual a 0,8, TNS9.3.55 teve a maior de 0,11 e do LentiGlobin BB305 que teve o menor número de 0,3. O estudo utilizando vetor CTX001 não obteve estes dados, mas resultou em altos níveis de edição alélica na medula óssea, levando à independência transfusional. Outro dado constatado foi que, em estudos com crianças, a independência transfusional foi atingida em todas, e o VCN foi maior, chegando a uma mediana de 1,19.

Conclusão

Apesar do estudo CTX001 ter levado à independência transfusional, ele se mostrou limitado por apresentar apenas 2 participantes em um curto período. Entre os 3 outros métodos, onde foi possível a comparação, a necessidade de transfusão foi reduzida entre os participantes, mas o número mínimo de VCN capaz de levar a essa independência foi influenciado pelos fatores de idade dos participantes e do genótipo, que serão discutidos durante o trabalho.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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