Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S26 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S26 (October 2023)
Full text access
PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA ANEMIA FERROPRIVA EM GESTANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Visits
251
JA Ferreiraa, GO Alvesb, JYT Onoc, GN Christianod, VS Furlanie, LAL Komatia
a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Paulista (UNIP), São Paulo, SP, Brasil
c Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
d Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
e Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivos

Analisar os fatores de risco e a ocorrência da anemia ferropriva em gestantes.

Material e métodos

Trata-se de uma revisão de literatura na qual foram usados os descritores “Anemia, Iron-Deficiency”, “Gravidez”, “Pregnancy” e “Risk factors”. Os critérios de inclusão foram artigos dos últimos 5 anos, em português e inglês e textos completos e os de exclusão foram artigos duplicados. Dessa forma, foram encontrados 52 artigos na Pubmed e 201 no Science Direct, porém a revisão utilizou 9 que atendiam aos critérios.

Resultados

Foi observado que os fatores de risco mais frequentes para anemia ferropriva em gestantes foram: idade acima de 35 anos, número de gestações maior que 2, mulheres que passaram por abortos, número de partos maior que 1, renda baixa, dieta vegetariana, hábito de beber café ou chá forte, baixo peso antes da gravidez e doenças hematológicas. Ademais, notou-se um padrão em relação à deficiência de ferro em gestantes de 26 a 28 semanas e também que, caso elas tenham ferritina baixa no pré-natal precoce, as chances de desenvolver anemia mais tarde durante a gravidez são altas. Outra condição observada foi a maior queda de ferro em gestações com espaçamento menor que 2 anos. Por fim, um dos estudos feitos no Brasil, no entanto, contradiz alguns dados, pois chegou em uma maior prevalência de anemia ferropriva em parturientes acima do peso.

Discussão

A prevalência da deficiência de ferro que tem como consequência a anemia ferropriva em gestantes foi estudada principalmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e apresentou padrões parecidos, seja na China ou na Índia. Isso porque a suplementação de ferro tem relação com a realização de pré-natais, os quais estão mais acessíveis a mulheres com maior poder aquisitivo. Além disso, alguns estudos fizeram a correlação com níveis educacionais, o que também corroborou com essa relação socioeconômica. Assim, caso a paciente esteja com deficiência de ferro no começo da gravidez e não saiba disso, posteriormente, terá mais problemas, pois já ocorre naturalmente uma baixa do mineral nas semanas gestacionais mais tardias. No que tange ao número de gestações, os dados concluem que essas mulheres não tiveram o tempo necessário para repor seus estoques de ferro, o qual é bastante requisitado para a manutenção de uma gravidez saudável. Apesar do estudo brasileiro mostrar uma diferença em relação aos fatores de risco para a anemia ferropriva, deve-se ressaltar que nos casos apresentados a doença não teve relação direta com o estado nutricional da gestante.

Conclusão

A anemia por deficiência de ferro tem relações fortemente consolidadas com fatores gestacionais naturais e financeiros, dessa forma, é preciso investimento por parte dos governos dos países, principalmente, subdesenvolvidos. Nesse quesito, planejamento familiar, acesso à atendimento médico e educação em saúde são essenciais. Por conseguinte, a suplementação de ferro será mais eficaz se associada a acompanhamento adequado e, consequentemente, menos intercorrências em relação ao recém-nascido e à mãe acontecerão.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools