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Vol. 44. Issue S2.
Pages S392 (October 2022)
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PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINAS VARIANTES EM DOADORES DE SANGUE DO HEMOCENTRO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO (HEMORIO) COMPARANDO DUAS METODOLOGIAS
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CG Costa, RA Louback, RPS Vieira, DR Pereira, SS Pereira, CM Oliveira, ACBS Silva, SL Castilho
Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (HEMORIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução e objetivo

As hemoglobinas (Hb) variantes são as alterações genéticas hereditárias mais comuns no país. A mais encontrada na população é a Hb S, seguida pelas variantes C, D, E, e outras mais raras. Nesse sentido, dentre os exames de qualificação do doador de sangue está a pesquisa de Hb S, uma vez que a transfusão de concentrado de hemácias em que existe a presença de Hb S e outras variantes é contraindicada em pacientes com diversas condições, principalmente portadores de hemoglobinopatias. Além disso, existe também uma preocupação do aconselhamento genético dos indivíduos que possuem Hb anormais. Portanto, o objetivo do presente estudo é estimar a prevalência das principais Hb variantes na população de doadores de sangue do Hemocentro do Estado do Rio de Janeiro (HEMORIO) comparando duas metodologias distintas.

Metodologia

Foi realizado um estudo descritivo com base nas informações adquiridas no software de gerenciamento e planilhas de rotina do Laboratório de Qualificação do Doador do HEMORIO. Foram relacionados todos os doadores que se apresentaram no período de 1°de janeiro de 2021 até 30 de junho de 2021, em que se utilizava o Teste de Solubilidade para triagem apenas de Hb S, e de 1°de janeiro de 2022 até 30 de junho de 2022, em que o método utilizado foi a Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC), capaz de detectar outras Hb variantes.

Resultados e discussão

Foi observado no primeiro semestre de 2021 que, dos 39.630 doadores, 1.304 (3,4%) foram positivos para Hb S. Já no mesmo período de 2022 foi constatado que, dos 36.227 doadores, 1.509 (4,17%) apresentaram Hb variantes, sendo 1.275 (3,5%) portadores da Hb S, 210 (0,6%) da Hb C, 15 (0,04%) da Hb D, 2 (0,006%) com a variante Korle Bu, e 1 (0,003%) positivo para Hb E. Além disso, houve a detecção de 6 (0,014%) doadores com Hb indeterminadas. Esses dados mostram que o Rio de Janeiro apresenta prevalência de Hb variantes seguindo uma distribuição semelhante ao encontrado na literatura, com predominância do traço falciforme. Ainda, destaca-se que a obtenção de tal informação só foi possível pela utilização do HPLC, que é um método automatizado que permite a identificação de outras Hb variantes além de S, muito mais específico que o Teste de Solubilidade, que serve apenas para a detecção de Hb S.

Conclusão

Logo, com esses dados é possível conhecer melhor a distribuição das principais Hb variantes no Rio de Janeiro, colaborando com os demais estudos realizados no Brasil. Mais ainda, eles revelam a importância da automação, que permite a detecção de outras Hb variantes diferentes de S, contribuindo para melhor caracterização dos hemocomponentes e aperfeiçoamento do suporte transfusional.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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