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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S701-S702 (October 2023)
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HEMO 2023
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PREVALÊNCIA DE DOADORES DE SANGUE COM TRAÇO FALCÊMICO EM BANCO DE SANGUE EM SÃO LUÍS-MA
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WN Martinsa, NMS Simoesb, GM Castrob, PHB Pinheiroc, CM Ferreirad, CCDP Serejoe, LM Moraesf, APM Gonçalvesg, LM Moaresh, NFS Sousai
a Faculdade Santa Terezinha (CEST), São Luís, MA, Brasil
b Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE), São Paulo, SP, Brasil
c INCURSOS, São Luís, MA, Brasil
d Faculdade Florence, São Luís, MA, Brasil
e Faculdade Laboro, São Luís, MA, Brasil
f Universidade Ceuma, São Luís, MA, Brasil
g Faculdade Pitágoras, São Luís, MA, Brasil
h Centro Universitário Dom Bosco, São Luís, MA, Brasil
i Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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A hemoglobina humana (Hb), proteína situada nas hemácias, é responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões aos tecidos. No adulto, a Hb normal é denominada hemoglobina A (HbA). A síntese de hemoglobinas anormais, como a hemoglobina S (HbS), dependendo do padrão de herança genética (homozigose ou heterozigose) ocasiona a doença falciforme (BERNIERI, 2017). A HbS resulta de mutação genética com consequente codificação da valina ao invés do ácido glutâmico na posição 6 da cadeia da β-globina, resultando em modificação físico-química na molécula da Hb. Essa Hb tem forte tendência a se polimerizar em situações de baixas concentrações de oxigênio, ocasionando hemólise crônica e episódios de dor por vasoclusão. A Hbs teve origem na África e foi trazida às Américas pela imigração dos escravos. No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais frequente nos locais com maior proporção de negros. O estado heterozigoto não acarreta qualquer sintomatologia clínica, e sua importância é para orientação genética ao portador ou à sua família (BRASIL, 2009). Portadores do TF podem doar sangue, porém os componentes eritrocitários não serão desleucocitados e nem utilizados em pacientes com hemoglobinopatias, acidose grave, hipotermia; em recém-nascidos, em transfusão intrauterina e em procedimentos cirúrgicos com circulação extracorpórea (PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº5, 2017).   Diante disso, justifica-se a pesquisa com intuito de identificar o perfil dos portadores do TF em um banco de sangue privado de São Luís.

Objetivos

Identificar a prevalência de traço falciforme em doadores de sangue em banco de sangue privado de São Luís.

Material e métodos

A analise foi feita através dos laudos dos doadores de sangue com presença de HbS através do método de teste de solubilidade e posteriormente submetidas à análise estatística, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022.

Resultados

Dos 3.390 doadores de sangue, 72 (2,12%) apresentaram traço falcêmico (TF). Seus perfis caracterizaram-se por: 73% do sexo masculino; 61% na idade de 18 a 38 anos; 54,16% da cor parda; 62% com nível de escolaridade médio completo.

Discussão

Vale ressaltar que os resultados corroboram com os de outras pesquisas, onde esse predomínio de doadores de sangue do gênero masculino tem como uma possível justificativa as condições fisiológicas do gênero feminino como, gravidez, sendo também a maioria dessas pessoas acometidas por anemia (ANTWI-BAFFOUR, 2015). No Brasil, a prevalência do traço falciforme (HbAS) varia de 2% a 8% (MURÃO et al, 2007). Quanto à etnia, no estudo foi encontrado entre os doadores positivos para o TF, a maior frequência de autodeclarados pardos (42,8%), o que mostra a grande influência da miscigenação da região do norte (PINTO, LADEIRA, OLIVEIRA et al, 2022). Em relação ao nível de escolaridade Coutinho (2021)  relata que os doadores com TF possuíam 2°grau completo (58,34%).

Conclusão

O estudo mostrou 2,12% de TF entre os doadores de sangue, com prevalência no sexo masculino, com idades entre 18 e 38 anos, da cor parda, com segundo grau completo. Vale salientar a importância dessa informação para orientar ações de esclarecimento sobre o tema e aconselhamento à essa população.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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