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Vol. 42. Issue S2.
Pages 82 (November 2020)
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PREVALÊNCIA DA DOENÇA HEMOLÍTICA DO FETO E DO RECÉM-NASCIDO NO ESTADO DA BAHIA: ANÁLISE DO PERÍODO DE 2011 A 2020
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A.V.C. Codeceira, A.R. Alves, F.M. Reis, F.M.N. Souza, J.M.C. Oliveira, M.A. Gomes, M.B. Silva, N.B.A. Miranda, P.S. Garcia, U.J.G. Júnior
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil
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Objetivos: Descrever as internações hospitalares por doença hemolítica do feto e do recém-nascido na Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 (CID-10–P55), no período de janeiro de 2011 a maio de 2020, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade. Material e métodos: Trata-se de um estudo ecológico e transversal, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS). Resultados: Foram registradas 3.472 internações por doença hemolítica do feto e do recém-nascido no estado da Bahia no período, com crescimento de 59% entre 2011 e 2019, e o valor médio por internamento foi de R$ 457,96. O tempo médio de permanência nas internações foi de 5,6 dias, com aumento de 3,6% até maio de 2020. Ocorreram 9 óbitos pela doença no período estudado, dos quais 56% foram do sexo masculino, e a taxa de mortalidade foi de 0,26 óbitos/100 internações. Além disso, 52% das internações foram de indivíduos do sexo feminino e 56% da cor/raça parda. Discussão: A doença hemolítica do feto e recém-nascido se caracteriza por um quadro clínico chamado de hemólise que é a degeneração ou destruição dos seus glóbulos vermelhos ocasionados por ações dos anticorpos pertencentes à mãe devido a incompatibilidade do fator Rh. Tem como principais achados clínicos: inchaço, palidez ou com a pele ictérica (causado pelo aumento súbito da bilirrubina), além de poder ter o fígado ou o baço aumentados e anemia. O tratamento se faz a partir de transfusões para o feto durante a gestação e após a gestaçao. Com os levantamentos dos dados foi mostrado um aumento em 59% dos casos de internação, no qual, pode ser explicado por um avanço no diagnóstico, e o aumento das notificações. Os dados que diferenciam as internações por sexo não são significativas já que a doença não se relaciona diretamente com essa variável. Já os dados relativos aos óbitos demonstram que essa doença tem uma baixa taxa de mortalidade (0,26/100 habitantes), relacionada ao diagnóstico precoce e terapêutica eficaz. Além disso, observa-se que existe uma relação direta entre a diminuição de 68% na mortalidade com o aumento de 59% no número de internações entre o período analisado, mostrando que um suporte medico eficiente acarreta em uma melhor sobrevida neonatal. Conclusão: As estratégias de diminuição das internações relacionadas à anemia hemolítica do feto e recém-nascido relacionam-se diretamente ao diagnóstico precoce, para, dessa forma, montar um plano de ação a fim de controlar a hemólise e conter o desenvolvimento da icterícia. Logo, um acompanhamento pré-natal com prevenções primarias mostram-se eficientes e necessárias.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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