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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S688-S689 (October 2023)
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HEMO 2023
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PLASMAFÉRESE TERAPÊUTICA: AVALIAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE ACORDO COM AS DIRETRIZES INTERNACIONAIS
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MT Delamaina,b, PC Gontijoa,b, FSD Santosa,b, CTS Matosb, VZD Nascimentob, DM Mirandaa, MVP Coelhoa, AP Diniza, RASF Oliveiraa, THA Portob, AL Costab
a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
b Vita Hemoterapia Ambulatório, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução/ objetivo

A plasmaférese consiste na separação do sangue entre plasma e elementos celulares, e no procedimento ocorre a retirada do plasma do paciente, que é substituído por um fluido de reposição.

As indicações são várias e em muitas patologias o procedimento é considerado a primeira linha terapêutica, contribuindo para uma melhora da condição clínica e dos parâmetros laboratoriais, resultando em reversão do quadro apresentado. O presente trabalho visa estabelecer o perfil dos pacientes submetidos ao procedimento nos últimos 2 anos nos hospitais atendidos pelo hemonúcleo Vita Hemoterapia e comparar as indicações da plasmafereses com a literatura estabelecida pela American Society for Apheresis (ASFA), identificando quais os diagnósticos mais frequentes e suas indicações para o procedimento.

Resultados

Entre o período de abril de 2021 a junho de 2023, foram avaliados 66 pacientes, sendo 62% do sexo feminino, com idade mediana de 38 anos (5-93) que foram submetidos ao procedimento de plasmaferese terapêutica, totalizando 289 procedimentos. Os principais diagnósticos encontrados foram: rejeição pós-transplante cardíaco, rejeição aguda pós transplante renal, neuromielite óptica, púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), macroglobulinemia de Waldenstrom, Linfoma Não-Hodgkin Malt, mieloma múltiplo, miastenia gravis, síndrome hemolítico urêmica e Guillian-Barré.  O fluido de reposição mais utilizado foi a albumina, com exceção dos casos de PTT. Os equipamentos utilizados foram Haemonectics®e Spectra Optia -Terumo®. Do total de pacientes atendidos, cerca de 30% realizaram os procedimentos no âmbito de CTI, os demais em leitos de enfermaria comum. Foram identificados 4 pacientes que apresentaram reação adversa durante o procedimento, sendo 1 reação febril não hemolítica ao plasma, 1 hipotensão arterial, 1   reflexo vasovagal e hipotensão arterial e 1 paciente apresentou edema de língua, pálpebras e urticária em face. Quanto aos critérios de indicação, a grande maioria dos procedimentos está de acordo com as recomendações do protocolo da ASFA, no que se refere à recomendação e ao grau de evidência.

Discussão:

No período avaliado foi observado um número expressivo de pacientes que tiveram a indicação da plasmaférese como alternativa terapêutica, seja ela associada ao tratamento de base ou como primeira linha de tratamento. O procedimento se mostrou seguro e bem tolerado na quase totalidade dos pacientes e as indicações foram precisas e de acordo com as recomendações encontradas na literatura.

Conclusão

: A plasmaferese terapêutica tem seu papel bem definido com alto grau de recomendação e evidência em determinadas patologias. Além da avaliação da indicação pela patologia, estudos clínicos também são necessários para auxiliar na tomada de decisão quanto à propedêutica e terapêutica mais adequadas a favor do paciente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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